(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Deputados fazem press�o para zerar d�vida de Minas

ALMG cria movimento em defesa do encontro de contas entre estados e a Uni�o. No caso de Minas, d�bito de R$ 88 bilh�es seria anulado pelo cr�dito de R$ 135 bi referente �s perdas com a Lei Kandir


postado em 06/04/2017 06:00 / atualizado em 06/04/2017 07:43

Na reunião dessa quarta-feira (5), deputados criaram uma comissão que vai se articular com outras assembleias para pressionar o governo federal (foto: Guilherme Bergamini)
Na reuni�o dessa quarta-feira (5), deputados criaram uma comiss�o que vai se articular com outras assembleias para pressionar o governo federal (foto: Guilherme Bergamini)

Os parlamentares de Minas Gerais v�o buscar a ades�o de outros estados para pressionar o presidente Michel Temer (PT) a aceitar o acerto de contas proposto pelo governador Fernando Pimentel (PT) sobre as d�vidas estaduais com a Uni�o.

O pedido � para que o governo federal quite as d�vidas estaduais com os cr�ditos devidos aos entes federados por causa das perdas com a Lei Kandir. Com o apoio j� declarado do Rio Grande do Sul, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais lan�ou nessa quarta-feira (5) o movimento e criou uma comiss�o extraordin�ria que vai percorrer munic�pios mineiros e se articular com outras assembleias, como as do Maranh�o, Par�, Goi�s e Esp�rito Santo.

Minas Gerais paga hoje cerca de R$ 250 milh�es mensais � Uni�o e requer o fim do pagamento de imediato dessa d�vida. Isso j� foi pedido ao presidente Michel Temer (PMDB) em of�cio do governador, mas at� agora n�o houve resposta.

O presidente da Assembleia, deputado Adalclever Lopes (PMDB), disse que essa � uma luta de todos os mineiros, pois o estado foi o mais prejudicado com a Lei Kandir, que desonerou as exporta��es de ICMS, principal tributo da arrecada��o estadual. “Os mineiros precisam saber dos seus direitos. E n�o s�o s� os estados que perderam, todos os munic�pios tamb�m”, afirmou.

Pelas contas do estado, feitas com base nos juros compostos cobrados pela Uni�o, Minas Gerais deixou de arrecadar R$ 135 bilh�es nos 20 anos da Lei Kandir. J� a d�vida com o governo federal � de R$ 88 bilh�es. Segundo o secret�rio de governo Odair Cunha (PT), se fossem usados juros simples nessa conta, o estado teria saldo maior a receber.

O petista registrou o apoio de Pimentel e criticou o projeto de ajuste dos estados em tramita��o no Congresso que, segundo ele, imp�e ao cidad�o pagar a conta com a “precariza��o dos servi�os p�blicos ou a venda das empresas estaduais”. “Continuamos juntos nessa luta que � de todos”, afirmou.

Ao anunciar a articula��o, Adalclever lembrou o ex-presidente Itamar Franco, que morreu em 2011. “Assim como foi com Itamar Franco quando fez o mote de campanha ‘Minas levanta sua voz’, Minas faz novamente e mostra ao governo federal que quem deve � o governo federal, deve ao povo de Minas Gerais”, afirmou.

O deputado Tarc�sio Zimmermann (PT), que veio representando a Assembleia do Rio Grande do Sul, estimou que o estado tem uma perda acumulada de R$ 43 bilh�es, enquanto sua d�vida com a Uni�o � de 57 bilh�es. “O Rio Grande do Sul tamb�m n�o deve � Uni�o e temos que trabalhar por essa causa, que n�o � s� mineira, mas uma causa da democracia, da justi�a e da dignidade dos nossos povos”, afirmou.

O parlamentar ga�cho atribuiu a crise financeira dos estados �s pol�ticas monet�rias da Uni�o, especialmente ao Plano Real, que, segundo ele, trouxe junto a desonera��o da Lei Kandir. Com ela, de acordo com Zimmermann, a d�vida do Rio Grande do Sul cresceu 120% em apenas quatro anos. O deputado tamb�m criticou o projeto de ajuste dos estados do presidente Michel Temer, que, segundo ele, estabelece uma rela��o de vassalagem com os estados.

Imposi��o


O advogado-geral do estado, Onofre Batista, refor�ou dizendo que a legisla��o foi imposta “goela abaixo” dos estados. Ele lembrou que inicialmente houve uma compensa��o, mas os repasses foram caindo, o que levou � situa��o atual. Batista disse ainda que houve 22 tentativas de regulamentar a compensa��o no Congresso, mas todas foram barradas pela Presid�ncia da Rep�blica. “Isso foi empurrado para a conta dos estados”, disse.

O advogado-geral afirmou que o governo federal tem um prazo de 12 meses, contados a partir de novembro do ano passado, para resolver a situa��o. Decis�o do Supremo Tribunal Federal prev� que a Uni�o edite norma para regulamentar a compensa��o nesse prazo. Caso contr�rio, o Tribunal de Contas o far�. Para ele, a ideia defendida por alguns parlamentares, de que essa norma fa�a apenas repasses futuros esquecendo-se das perdas passadas, � um tombo federativo. “Esse quadro que assombra � o verdadeiro respons�vel pela calamidade de Minas Gerais e pela fal�ncia do modelo de educa��o, sa�de e seguran�a”, afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)