O empres�rio Marcelo Odebrecht disse em um de seus depoimentos de dela��o premiada que nem todos os recursos repassados pela empresa para financiar campanhas de pol�ticos eram caixa 2. Segundo o empres�rio, muitos candidatos preferem que as doa��es n�o sejam contabilizadas para n�o indicar os valores dos gastos de campanha e para evitar reclama��es de partidos que receberam menos doa��es que outros.
As declara��es est�o no depoimento ao juiz federal S�rgio Moro, na semana passada, na a��o penal em que o ex-ministro Antonio Palocci � acusado dos crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro na Opera��o Lava Jato. Ao ser perguntado por Moro por qual motivo eram feitas doa��es via caixa 2, Marcelo Odebrecht respondeu que os repasses dependem do relacionamento com o pol�tico.
"Nenhum candidato queria mostrar na sua declara��o tudo o que ele gastava. As empresas tamb�m n�o queriam mostrar que apoiaram um candidato mais do que outro. Eu n�o sei quanto teve de caixa 2 para quem, mas eu posso afirmar que, se a gente tinha uma rela��o diferenciada com determinado pol�tico, com certeza ali tem caixa 2", disse.
Com Ag�ncia Brasil