
Os executivos da Odebrecht Carlos Armando Guedes de Paschoal e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar apontam em depoimento � Lava-Jato o repasse n�o contabilizado de R$ 200 mil para o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da For�a, por apoio contra greves nas Usinas Hidrel�tricas do Rio Madeira em 2012.
Com o pretexto de contribui��o para campanha, Paulinho da For�a, ent�o deputado pelo PDT, teria recebido propina em esp�cie atrav�s do Setor de Opera��es Estruturadas da empreiteira, chefiado por Hilberto Mascarenhas. � �poca, o deputado era conhecido pelo codinome de “Boa Vista”, alcunha que seria substitu�da mais tarde por “Forte”.
Outro inqu�rito aberto a pedido do ministro do STF Edson Fachin aponta doa��es anuais de R$ 100 mil da Odebrecht para a realiza��o de eventos da For�a Sindical em comemora��o ao Dia do Trabalho.
Paulinho da For�a aparece tamb�m como alvo de investiga��o no recebimento de R$ 1 milh�o em propina feito em duas parcelas, pelo setor de Opera��es Estruturadas do Grupo, em 2014, quando j� era deputado federal pelo Solidariedade. A men��o ao parlamentar aparece nas dela��es de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, e Hilberto Mascarenhas.
O l�der da For�a Sindical teria recebido o pagamento por apoio � Odebrecht em fun��o da greve ocorrida na Embraport, em Santos, e da invas�o � sede do grupo empresarial em 2013.
Defesa
Por meio do nota, Paulinho da For�a admite ter recebido R$ 1 milh�o para a campanha mas n�o fala especificamente a respeito da origem dos recursos. “A Odebrecht doou R$ 1 milh�o para o partido Solidariedade, que foi distribu�do para pagamentos de campanhas entre diversos candidatos aos cargos de deputados federal e estadual. Deste montante, minha campanha ficou com exatos R$ 158.563,00, conforme registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). � importante ressaltar que minhas contas foram aprovadas pelos �rg�os eleitorais respons�veis. Como presidente da For�a Sindical, que representa duas mil entidades em todo o Brasil, sempre sou solicitado, por minha lideran�a e experi�ncia, a ajudar a solucionar conflitos em grandes demandas trabalhistas, como no caso da greve dos portu�rios ou conflitos na Usina do Rio Madeira”, diz o deputado no documento.