
S�o Paulo, 14 - Inqu�rito aberto contra o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin relativo a irregularidades envolvendo o projeto da Usina de Santo Ant�nio, no Rio Madeira, aponta poss�vel opera��o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) junto � estatal Furnas para favorecer a Odebrecht em troca de propina.
O executivo ligado � empreiteira Henrique Serrano do Prado Valladares disse que procurou, em 2008, sob orienta��o do ex-presidente do grupo Marcelo Odebrecht, o ex-presidente da C�mara dos Deputados em busca de apoio para ‘os interesses pol�ticos comuns de Furnas e Odebrecht’. A estatal tem participa��o de 40% em Santo Ant�nio e Cunha era conhecido no grupo ‘por ser o detentor do feudo Furnas’.
A contrapartida, conforme aponta Valladares, seria pagamento de R$ 50 milh�es em propina sobre os contratos de Santo Ant�nio, distribu�do da seguinte maneira: Cunha e seus aliados ficariam com R$ 20 milh�es, o ent�o presidente da C�mara dos Deputados Arlindo Chinaglia e o senador Romero Juc� (PMDB-PE) receberiam R$ 10 milh�es cada um e o ent�o deputado federal Sandro Mabel tamb�m ficaria com R$ 10 milh�es.
O pagamento foi dividido entre a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, parceiras no cons�rcio, em uma propor��o de 60%/40%, sendo os R$ 50 milh�es correspondentes � fatia da Odebrecht. O projeto de Santo Ant�nio foi o primeiro investimento da Odebrecht no setor de energia, em meados dos anos 2000.
Os encontros entre Cunha e Valladares teriam ocorrido no escrit�rio do ex-deputado no centro do Rio de Janeiro, em uma empresa de t�xi a�reo e no aeroporto Santos Dumont, tamb�m no Rio. O ex-deputado est� atualmente preso em Curitiba.