
Vencida a etapa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governo Michel Temer (PMDB) ter� que se debru�ar agora em uma agenda positiva capaz de minimizar os estragos da crise pol�tica marcada pelas den�ncias de corrup��o envolvendo o Pal�cio do Planalto.
�s voltas com pedidos de impeachment apresentados � C�mara dos Deputados e com a possibilidade de responder � a��o penal no Supremo Tribunal Federal (STF) em raz�o da dela��o dos executivos da JBS, torna-se ainda mais urgente para o presidente a aprova��o das reformas da Previd�ncia e trabalhista – apontadas como necess�rias para a melhoria dos �ndices da economia brasileira.
J� a reforma das regras para a concess�o de aposentadoria � mais pol�mica e impopular, especialmente em ano pr�-eleitoral. E por isso, j� h� quem diga que dificilmente ela ser� aprovada por pelo menos 308 deputados federais no plen�rio da C�mara. O texto j� est� pronto para discuss�o no plen�rio, ainda sem previs�o de data.
O Planalto j� sinalizou com altera��es de algumas regras que foram mais criticadas, como a igualdade na idade m�nima para aposentadoria de homens e mulheres e o tempo de contribui��o para a aposentadoria integral.
O relat�rio aprovado na comiss�o prop�e 62 anos para mulheres e 65 anos para os homens, mas com o tempo de contribui��o de 25 anos para ambos. Regras de transi��o e prazo para atingir a aposentadoria integral tamb�m ser�o revistos. A economia prevista para os pr�ximos 10 anos caiu de R$ 800 bilh�es para R$ 600 bilh�es.
Para tirar as reformas do papel e manter a governabilidade, Michel Temer sabe da import�ncia de manter o PSDB ao seu lado. A legenda est� rachada sobre o que fazer. Na quarta-feira, representantes do PSDB se reuniram para debater o assunto. Mas adiaram uma decis�o para esta segunda-feira. Mais de 20 deputados do PSDB assinaram uma carta para o presidente em exerc�cio do PSDB nacional, Tasso Jereissati, defendendo a perman�ncia no governo. E que a reuni�o de segunda-feira n�o seja deliberativa.
Candidatos a governadores e deputados temem a alian�a com um governo que at� ent�o sofre com baixa popularidade. E uma decis�o tucana tem ainda mais import�ncia para o governo porque poder� ter reflexos diretos sobre o PSD e DEM, que tendem a seguir o PSDB. No entanto, vale lembrar que os democratas ainda vislumbram a possibilidade de assumir a presid�ncia da Rep�blica com o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da C�mara e o primeiro na linha de sucess�o em caso de sa�da de Temer.
Na manh� de ontem, Temer usou as redes sociais para comemorar o resultado do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). “Nossa economia d� mais um sinal de recupera��o. Temos a menor infla��o desde maio desde 2007. O poder de compra do brasileiro aumentou”, tuitou o presidente.
Ontem, Temer participou da cerim�nia de comemora��o da Batalha de Riachuelo (1865), no Grupamento de Fuzileiros Navais. Ele n�o se pronunciou, mas o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o seu colega Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, lhe disse que o PSDB n�o desembarcar� do governo. “Ele afirmou que teve numerosas conversas e que a tend�ncia do partido � continuar na base do governo”, declarou. (Com ag�ncias)
PR�XIMOS PASSOS
Prioridades do governo ap�s o julgamento no TSE
Reforma trabalhista (PL 6.787/16)
» Aprovada na C�mara dos Deputados, tramita agora no Senado
» O texto foi aprovado na ter�a-feira passada na Comiss�o de Assuntos Econ�micos
» Ainda falta a discuss�o nas comiss�es de Assuntos Sociais e de Constitui��o e Justi�a
» A �ltima etapa � a vota��o no plen�rio
Reforma previdenci�ria (PEC 287/16)
» Aprovada na Comiss�o Especial da C�mara, est� pronta para vota��o em plen�rio
Base aliada no Congresso
» Manter os partidos da base no Congresso, principalmente o PSDB
infla��o
» Manter sob controla a infla��o, medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA)