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Estado de Minas

PT institucionalizou corrup��o, diz Joesley

Empres�rio conta em entrevista que in�cio do esquema come�ou h� 15 anos e que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega era o seu interlocutor com o partido


postado em 18/06/2017 06:00 / atualizado em 18/06/2017 07:16

Joesley Batista afirmou que o mesmo sistema de caixa 2 e compra de coligação usado pelo PT foi aditado pelo PSDB(foto: Estadão Conteúdo)
Joesley Batista afirmou que o mesmo sistema de caixa 2 e compra de coliga��o usado pelo PT foi aditado pelo PSDB (foto: Estad�o Conte�do)

Na entrevista concedida � revista �poca, o empres�rio Joesley Batista, do grupo J&F, dono da JBS, explica que o esquema organizado de pagamento de propina come�ou com o governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Segundo ele, o Partido dos Trabalhadores (PT) institucionalizou a corrup��o num modelo que passou a ser reproduzido pelas demais legendas.

Segundo o delator, esse esquema contempla a cria��o de n�cleos, a divis�o de tarefas entre integrantes em estados, minist�rios, fundos de pens�o e bancos. O in�cio do esquema se deu h� cerca de 15 anos, quando se configurou grupo com tarefas divididas entre chefe, operador e delator. Joesley conta que o ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, Guido Mantega, era seu interlocutor com o partido. Durante a entrevista, o delator lembra que entregou provas aos procuradores e que o PT tinha o maior saldo de propina com a JBS.

O dono da JBS afirmou na entrevista que os pagamentos viravam obriga��o. “Olhe o caso do Guido. ‘O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social) comprou a��es e investiu na sua empresa. Como voc� n�o vai me dar dinheiro?’”. Embora o delator tenha dito que as rela��es da empresa com com o banco eram republicanas, ele afirmou que pagava propina para Mantega por causa de amea�as. “Era s� o Guido dizer no BNDES que n�o era mais de interesse do governo investir no agroneg�cio e pronto”.

N�mero 2

Na entrevista, Joesley disse que o presidente Michel Temer (PMDB) era “o chefe da maior e mais perigosa organiza��o criminosa do Brasil”. Questionado sobre quem era o n�mero 2, ele responde que � o senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG). Isso porque o tucano ficou em segundo lugar nas elei��es de 2014. Ele explica que, por essa raz�o, decidiu fazer grava��es com o “n�mero 1” e o “n�mero 2” para entregar ao Minist�rio P�blico Federal (MPF). O dono da JBS afirma que o mesmo sistema de caixa 2, nota fria e compra de coliga��o usado pelo PT foi aditado pelo PSDB.

O PSDB e A�cio destacam que, conforme dito pelos pr�prios delatores, a JBS doou cerca de R$ 60 milh�es para as campanhas presidenciais e estaduais do partido em 2014, de acordo com o registrado no TSE. E, segundo eles, jamais houve contrapartida para essas doa��es, o que torna absurdo caracteriz�-las como propina.

� revista, Joesley afirmou tamb�m que decidiu gravar a conversa com o presidente da Rep�blica no Pal�cio do Jaburu, em mar�o, para saber se a “agenda” de Temer passava pela compra do sil�ncio do operador L�cio Funaro e do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ambos presos na Lava-Jato.

Joesley foi perguntado por �poca por que n�o gravou Lula. Ele responde que “nunca teve uma conversa n�o republicana com Lula”. Diz que esteve com o ex-presidente duas vezes, em 2006 e em 2013.

Cobran�a

O dono da JBS alega � revista que era cobrado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-RJ) para que pagasse o sil�ncio de Eduardo Cunha e L�cio Funaro. “Virei ref�m de dois presidi�rios. Combinei quando j� estava claro que eles seriam presos, no ano passado. O Eduardo me pediu R$ 5 milh�es”, disse na entrevista.


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