
O ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Moreira Franco, divulgou nota neste s�bado rebatendo as acusa��es do empres�rio Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F. Em entrevista � Revista �poca , o executivo afirmou que Moreira faria parte de uma "organiza��o criminosa".
"� surpreendente a ousadia e a desenvoltura em mentir do contraventor Joesley Batista. Estive com ele uma �nica vez, em um grupo de brasileiros, numa viagem de trabalho em Pequim, ocasi�o em que me foi apresentado. E nunca mais nos encontramos. Seu ju�zo a meu respeito � o de quem quer prestar servi�o e para tal, aparenta um relacionamento que nunca existiu", diz a nota de Moreira Franco, na �ntegra.
Temer
Na entrevista, Joesley Batista afirma que o presidente Michel Temer � "chefe de organiza��o criminosa" e que "quem n�o est� preso est� hoje no Planalto", citando diretamente Moreira Franco e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Mais cedo, o presidente Temer disse por meio de nota que ir� processar o empres�rio.
Lula e PT
Joesley destacou tamb�m que o presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o PT "institucionalizaram a corrup��o no Brasil". Em uma entrevista que durou mais de quatro horas e rendeu reportagem de 12 p�ginas � revista, o empres�rio contou detalhadamente quem, como e quando se institucionalizou a corrup��o do Pa�s. "Foi do governo do PT para frente. O Lula e o PT institucionalizaram a corrup��o", disse Batista ao ser perguntado pela revista quando o processo come�ou, ressaltando, contudo, que "o modelo do PT foi reproduzido por outros partidos".
De acordo com o dono da JBS, "o que houve no Brasil foi a prolifera��o de organiza��es criminosas". Segundo Batista, houve cria��o de n�cleos, com divis�o de tarefas entre os integrantes, em Estados, minist�rios, fundos de pens�o, bancos, BNDES.
Defesa de Lula
O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, comentou as acusa��es de Joesley Batista contra o petista. Em comunicado � imprensa, Martins afirmou que Batista "foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente".
"A entrevista de Joesley Batista tem que ser entendida no contexto de um empres�rio que negocia o mais generoso acordo de dela��o premiada da hist�ria. Mesmo nesse contexto, Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente Lula. Considera��es gen�ricas e sem provas de delatores n�o podem ser consideradas como dignas de cr�dito e n�o t�m qualquer valor jur�dico", afirmou.
Questionado sobre os motivos pelos quais n�o gravou conversas comprometedoras com o ex-presidente tamb�m, Joesley Batista afirmou que nunca tratou, diretamente, de propina com Lula. "Nunca tive conversa n�o republicana com o Lula. Zero. Eu tinha com o Guido. Conheci o Lula no final de 2013", explicou ao fazer refer�ncia ao ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.