Na imin�ncia de receber uma den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra o presidente Michel Temer, a maioria dos membros da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara omite posicionamento diante de um pedido de abertura de uma a��o penal no Supremo Tribunal Federal (STF).
O discurso oficial dos governistas � de que � preciso aguardar a den�ncia ser confirmada. "N�o vou me manifestar agora, n�o conhe�o o teor da den�ncia", disse Carlos Bezerra (PMDB-MT). "Sem saber como vem, � dif�cil saber", afirmou o l�der da bancada do PP, Arthur Lira (AL).
Em meio ao cerco do governo para monitorar o comportamento da base governista na CCJ, os titulares sabem que, ao expor os votos com anteced�ncia, podem ser substitu�dos na comiss�o. Sob reserva, alguns parlamentares admitem que querem evitar a press�o do governo e da sociedade. Outros alegam que a omiss�o do voto pode abrir uma frente de negocia��es com o governo por cargos na administra��o federal.
A maioria dos que evitaram responder � enquete integra partidos da base, como PP, PR, PTB, DEM, PRB e at� mesmo o PMDB de Temer.
Dos favor�veis � den�ncia, alguns integram a base aliada, como os tucanos Rocha (AC) e F�bio Souza (GO), e o deputado Major Ol�mpio (SD-SP). "Bandido n�o tem partido, n�o tem ideologia. Bandido � bandido", disse Ol�mpio.
Condenado pela Primeira Turma do Supremo por lavagem de dinheiro, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) anunciou que votar� contra. "Eu voto contra qualquer medida que impe�a o governo Temer de trabalhar", disse.