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Estado de Minas

Governo retalia 'aliado' ap�s derrota no Senado no projeto da reforma trabalhista

Indicados para cargo no Executivo pelo senador H�lio Jos� (PMDB-DF), que votou contra o relat�rio de Ricardo Ferra�o, foram exonerados


postado em 22/06/2017 08:13 / atualizado em 22/06/2017 09:33

Indicados pelo senador foram exonerados(foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Indicados pelo senador foram exonerados (foto: Valter Campanato/Ag�ncia Brasil)
Bras�lia e S�o Paulo, 22 - O Planalto reagiu nessa quarta-feira, 21, � derrota na vota��o da reforma trabalhista na Comiss�o de Assuntos Sociais (CAS) do Senado ao exonerar dois indicados do senador H�lio Jos� (PMDB-DF) de �rg�os ligados ao Executivo.

O peemedebista foi um dos tr�s senadores da base que ajudaram a derrubar, anteontem, relat�rio do senador Ricardo Ferra�o (PSDB-ES) a favor da reforma. Al�m disso, o governo est� fazendo mapeamento de outros cargos ligados ao senador - mais um deve ser exonerado hoje. Os outros dois parlamentares que votaram contra foram o tucano Eduardo Amorim (SE) e Otto Alencar (PSD-BA).

A retalia��o foi interpretada por alguns senadores como uma forma de o governo tentar conter uma poss�vel debandada de aliados em um momento em que o presidente Michel Temer atravessa grave crise pol�tica. Embora governistas tenham minimizado a derrota na comiss�o, o resultado da vota��o mostrou que h� divis�es na base aliada. Um dos pontos de preocupa��o est� na rela��o com o l�der do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), que tem adotado discurso contr�rio �s reformas e influenciado as dissid�ncias. A "trai��o" de H�lio Jos�, por exemplo, � atribu�da a Renan.

Renan

O senador do DF havia dito a governistas que n�o participaria da sess�o at� o dia anterior, alegando sentir dores na coluna. No dia da vota��o, por�m, apareceu "escoltado" por Renan. O l�der do governo, Romero Juc� (PMDB-RR), queria que H�lio Jos� fosse substitu�do pelo seu suplente, Garibaldi Alves (PMDB-RN), favor�vel � reforma.

Renan evitou falar da sua participa��o na derrota governista e cobrou mais di�logo do Planalto com a base. "O resultado significa que o Parlamento est� dividido. Seria a hora de o governo chamar todo mundo para discutir mudan�as na medida provis�ria que trata da reforma."

Ontem, por�m, o pr�prio H�lio Jos� admitiu a influ�ncia do l�der da bancada. "O Renan tem uma posi��o que � claro que influencia", disse.

Ap�s perder os cargos na Superintend�ncia do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e na Superintend�ncia do Distrito Federal da Secretaria de Patrim�nio da Uni�o (SPU-DF), H�lio Jos� cobrou a ren�ncia de Temer. "N�s n�o podemos permitir que o governo transforme vota��es em balc�o de neg�cios. Esse governo est� podre. Esse governo corrupto tinha de ter vergonha na cara e renunciar", disse.

A estrat�gia de retaliar aliados j� havia sido adotada com o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), no fim de maio, ap�s ele adotar discurso contr�rio � reforma. O Planalto exonerou � �poca sua indicada para a Superintend�ncia da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Tucanos

Outra rela��o conflituosa tem sido mantida com o PSDB, que tem cinco minist�rios. Mesmo com a decis�o da Executiva tucana de permanecer na base, a alian�a voltou a ficar estremecida ap�s o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presid�ncia) culpar o partido pela derrota na comiss�o. O Planalto ainda n�o decidiu o que far� com o PSDB, mas a ordem por enquanto � tentar minimizar o desgaste.

O atrito provocado pela derrota na CAS refor�ou os argumentos de tucanos insatisfeitos. "Quando o governo ganha dizem que Temer mostra for�a, quando perde colocam a culpa no PSDB. At� quando o PSDB vai aceitar ser a Geni de Temer?", disse o deputado Daniel Coelho (PE), um dos "cabe�as pretas" da C�mara, ala que defende que a sigla entregue seus cargos na gest�o peemedebista.

Insatisfa��o

Mesmo entre os caciques tucanos o sentimento era de insatisfa��o. A avalia��o de alguns parlamentares � de que foi o presidente que errou ao levar o l�der do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), e o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) para acompanh�-lo na R�ssia. "O governo levou todo mundo para Moscou e esqueceu da vota��o", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente interino da sigla.

A declara��o de Moreira incomodou at� mesmo Juc�, demonstrando falta de alinhamento entre os principais articuladores pol�ticos de Temer.

Outra leitura sobre o epis�dio � que, diante da crise no governo, os parlamentares do Nordeste est�o desconfort�veis em votar a favor da reforma. Isto porque Temer tem os piores �ndices de aprova��o na regi�o.


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