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Estado de Minas

Em Alagoas, PF batiza opera��es de 'Canalhocracia', 'Safadocracia' e 'Viciocracia'

Nomes fazem alus�o a supostos sistemas de governo baseados na ilegalidade e se destacam pela originalidade e total aus�ncia de sutileza


postado em 25/06/2017 10:13 / atualizado em 25/06/2017 10:54

Convocada a combater a pr�tica da compra de votos nas elei��es municipais passadas, em 2016, a Pol�cia Federal de Alagoas n�o mediu palavras ao batizar de “Canalhocracia”, “Safadocracia” e “Viciocracia” as opera��es deflagradas em tr�s cidades, �s v�speras da vota��o.

Os tr�s nomes fazem alus�o a supostos sistemas de governo baseados na ilegalidade e se destacam pela originalidade e total aus�ncia de sutileza, na lista das mais de 2.300 opera��es contra o crime organizado promovidas pela PF desde 2013. Nos dicion�rios, um poss�vel sin�nimo seria o termo cleptocracia, que define um governo de corrompidos.

Foi em busca de canalhocratas que a PF promoveu, no munic�pio de Piranhas, a 260 quil�metros de Macei�, buscas em sete endere�os de pol�ticos e assessores suspeitos de comprar votos. As provas coletadas deixaram pouca margem a d�vidas: um dos investigados estava com R$ 27 mil, em ma�os separados e misturados a panfletos de campanha, al�m de listas com nomes de eleitores.

Na capital alagoana, os alvos do combate � chamada viciocracia foram cabos eleitorais de candidatos � C�mara Municipal. N�o houve apreens�o de dinheiro, apenas de listas de eleitores supostamente comprados ou dispostos a se vender.

Antecedentes


J� a Opera��o Safadocracia visou a coibir a compra de votos na localidade de Joaquim Gomes, a 75 km da capital. A PF cumpriu oito mandados de busca e apreens�o na cidade, na v�spera e no dia da elei��o.

N�o foi a primeira vez que os moradores de Joaquim Gomes relacionaram corrup��o e campanha eleitoral. Em 2014, uma autoridade da cidade fora condenada a cinco anos de reclus�o por comandar um esquema de compra de votos.

Segundo F�bio Maia de Faria, delegado regional executivo da PF em Alagoas, as tr�s opera��es do ano passado, assim como outras no interior, resultaram em inqu�ritos policiais, cujas conclus�es foram encaminhadas � Justi�a Eleitoral.

Para Faria, as a��es tiveram impacto ao desencorajar a compra de votos e podem ter afetado os resultados das urnas. “Entendemos que alguns desses trabalhos foram essenciais para a lisura do pleito e para garantir que n�o ocorressem crimes que teriam o cond�o de alterar o resultado das elei��es.”

Novidade


Segundo o delegado, as opera��es feitas no ano passado representaram uma novidade no modo de atuar da PF em Alagoas. “Como este � um Estado governado por pessoas que n�o tem muito pudor de usar a m�quina p�blica em seu favor, as autoridades eleitorais sempre tiveram resist�ncia � participa��o das Pol�cias Militar e Civil nas elei��es”, relatou.

O resultado dessa desconfian�a era a convoca��o da PF para fazer trabalhos de ronda ostensiva e fiscaliza��o, praticamente inviabilizando as atividades de investiga��o. Isso mudou no ano passado. “Pudemos distribuir nosso efetivo de maneira mais eficiente, para participar das elei��es de maneira mais investigativa, focados em coibir crimes eleitorais mais graves.”

(Daniel Bramatti e Marcelo Godoy)


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