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Estado de Minas

No dia seguinte da den�ncia, Temer passa a manh� no Jaburu

O presidente Michel Temer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, nessa segunda-feira (26), por corrup��o passiva


postado em 27/06/2017 12:07 / atualizado em 27/06/2017 12:50

Bras�lia - Em um comportamento diferente do habitual, o presidente Michel Temer, que costuma chegar cedo ao Pal�cio do Planalto, passou a manh� desta ter�a-feira, 27, em sua resid�ncia oficial, o Pal�cio do Jaburu, apesar de na agenda constar despachos internos a partir das 10 horas no Planalto. No dia seguinte � apresenta��o da den�ncia do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, Temer deve continuar as conversas com advogados, ministros e aliados para tra�ar a estrat�gia jur�dica e pol�tica de sua defesa.

Segundo uma fonte, Temer est� com o Secret�rio de Comunica��o, M�rcio Freitas, e pode definir alguma linha de resposta �s den�ncias. H�, inclusive, em estudo a possibilidade de notas ou pronunciamento. De acordo com outra fonte, o governo tamb�m estaria definindo se contratar� pesquisas para verificar o impacto das den�ncias no seu governo, que j� enfrenta um alto �ndice de reprova��o.

Ontem, ap�s a apresenta��o da den�ncia de Janot, Temer se reuniu com ministros e l�deres aliados, em seu gabinete, no Planalto, para come�ar a discutir as estrat�gias para rea��o. Temer deixou o Planalto depois das 23 horas. Hoje pela manh�, entretanto, os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presid�ncia) e Eliseu Padilha (Casa Civil) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) despacharam normalmente no Planalto.

Temer est� discutindo os pr�ximos passos para reagir politicamente � den�ncia, mas tamb�m est� preocupado com a rea��o jur�dica, que est� sob o comando do seu advogado, Ant�nio Claudio Mariz, assim como o impacto desta den�ncia na economia, que come�ava a dar sinais de recupera��o. � poss�vel, inclusive, que os dois se encontrem pessoalmente hoje, talvez em S�o Paulo, segundo um auxiliar.

Impacto


A primeira avalia��o de aliados do presidente foi de que o fatiamento � "muito ruim" para o presidente porque prorrogar� o processo e o seu consequente sangramento. A capacidade de mobiliza��o da oposi��o contra o seu governo poder� ditar os rumos dos pr�ximos passos. O temor � que, caso haja mobiliza��o popular contra Temer, a sua base termine de se esfacelar e, com o voto aberto, os deputados se sintam pressionados e acatem a den�ncia de Janot, condenando o presidente.

O problema � que essa poder� ser apenas a primeira de uma s�rie de tr�s ou quatro den�ncias contra Temer. Na verdade, a temperatura mais real s� poder� ser tomada nos pr�ximos dias, com o desenrolar dos fatos. O presidente quer que a resposta � den�ncia seja dada pelo seu advogado, com vi�s jur�dico. Mariz afirmou ontem que � ele, defensor do presidente Michel Temer, 'e n�o o Planalto', quem decide quantas sess�es na C�mara ser�o necess�rias para apresentar os argumentos da defesa perante os deputados.

Temer quer tamb�m que os parlamentares de sua base aliada saiam em sua defesa. A avalia��o � de que muitos congressistas sabem que a sua puni��o poder� ser a abertura para uma condena��o em massa de deputados e senadores. Um dos auxiliares de Temer lembrou que fragilizar o presidente � fortalecer Janot e isso significar� deixar na chuva tamb�m os parlamentares.

Guerra


Na declarada guerra contra o procurador-geral, ontem interlocutores dispararam cr�ticas � postura politizada de Janot. "Nem Maquiavel teria sido t�o maquiav�lico", resumiu um interlocutor direito do presidente. Janot foi classificado por um auxiliar como um "serial killer". Para outro interlocutor, as cr�ticas a Janot t�m proced�ncia. "Acho que foi um grande equ�voco, enfraquece a den�ncia e mostra que est� perseguindo", disse a fonte.


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