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Estado de Minas

Senado j� indica aprova��o de sucessora de Janot escolhida por Temer

Ao indicar Raquel Dodge para substituir Rodrigo Janot, Temer rompeu uma tradi��o de governos do PT de escolher sempre o mais votado da lista tr�plice


postado em 30/06/2017 09:19 / atualizado em 30/06/2017 09:49

Bras�lia - Com um ter�o dos senadores alvo de investiga��es na Lava-Jato, a subprocuradora-geral Raquel Dodge n�o deve enfrentar dificuldades para ter seu nome aprovado no Senado ap�s ser indicada para comandar a Procuradoria-Geral da Rep�blica pelo presidente Michel Temer. Na avalia��o de parlamentares da base e da oposi��o, o fato de ela ter figurado na lista tr�plice levada ao presidente a capacita para ocupar o cargo.

A previs�o � de que Raquel seja sabatinada na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado no dia 12 de julho. O relator da indica��o ser� o senador Roberto Rocha (PSB-BA), que j� sinalizou um parecer favor�vel. "A princ�pio n�o h� motivo para ser contra a indica��o", afirmou o senador. "Foi uma grande escolha e vamos testemunhar isso na sabatina."

Ao indicar Raquel para substituir Rodrigo Janot, Temer rompeu uma tradi��o de governos do PT de escolher sempre o mais votado da lista tr�plice da Associa��o Nacional de Procuradores da Rep�blica (ANPR). Em guerra com o atual procurador-geral, o presidente optou pela segunda colocada, em vez do mais votado, o subprocurador-geral Nicolao Dino, aliado de Janot.

Embora Raquel tenha sido apontada como um nome de prefer�ncia da base de Temer, parlamentares do PT avaliam que o fato de ela se colocar como opositora a Janot pode indicar que vai conter poss�veis excessos da Opera��o Lava Jato. Ela, por�m, sinalizou que manter� a opera��o. Em entrevista ao Estado no fim do m�s passado, Raquel defendeu a Lava Jato e disse que "a atua��o do Minist�rio P�blico Federal n�o pode retroceder nem um mil�metro sequer" .

O l�der da bancada, Lindbergh Farias (PT-RJ), admitiu que, no "m�rito", n�o tem nada contra o nome da subprocuradora, mas estranha a celeridade que governistas querem dar para a an�lise da indica��o. Para ele, a sabatina deveria ocorrer apenas em agosto, ap�s o recesso. "Tem de dar um tempo, porque da� d� tempo para a imprensa investigar. Foi assim com Alexandre de Moraes (ministro do Supremo Tribunal Federal)", afirmou.

Sem volta


Um dos senadores da oposi��o mais atuantes, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a escolha do segundo da lista n�o desabona Raquel. "O fato de ter indicado algu�m da lista tr�plice, mesmo quebrando a tradi��o de escolher o mais votado, n�o deixa receio de que o que foi conquistado pelo Minist�rio P�blico v� ter algum tipo de revers�o", disse.

"O (ex-procurador-geral) Roberto Gurgel foi indicado pelo ex-presidente Lula e foi implac�vel no julgamento do mensal�o. Ela foi colocada na lista tr�plice porque teve a confian�a dos demais procuradores", afirmou Randolfe.

O l�der do governo, Romero Juc� (PMDB-RR), minimizou na quinta-feira o apoio que Raquel recebeu de nomes de seu partido. Nas �ltimas semanas, a subprocuradora vinha recebendo nos bastidores apoio de caciques, como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente Jos� Sarney (AP). "O PMDB e nenhum partido apadrinham a nomea��o do procurador-geral da Rep�blica. Eu trabalhei pela aprova��o e pela recondu��o de Janot, e nem por isso o PMDB apoiou a indica��o. Senadores sabatinam e votam de acordo com suas consci�ncias", disse.

Questionado se haver� constrangimento pela participa��o de senadores investigados na sabatina, Juc� negou. "N�o vejo nenhum empecilho regimental. N�o cabe a mim criar �bice. Caber� a cada um deles avaliar", afirmou o senador.


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