Goi�nia - Diante da repercuss�o negativa causada pelo empr�stimo da tornozeleira eletr�nica que permitiu a libera��o do ex-assessor do presidente Michel Temer, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, para cumprir pena em casa, o governo de Goi�s informou que o equipamento n�o estava em falta. A medida est� sendo questionada por promotores de Justi�a em inqu�rito civil p�blico instaurado nesta segunda-feira, 3.
Ele insistiu que existe n�mero suficiente de tornozeleiras em Goi�s, mas reconheceu que o atendimento n�o acontece com a mesma rapidez que houve no caso que gerou a pol�mica. O motivo � "quest�o de operacionaliza��o". Segundo o superintendente, existe um n�mero reduzido de empresas aptas a trabalharem com o monitoramento eletr�nico de presos.
Em Goi�s, existem dois presos por vaga nos pres�dios. A disparidade entre o n�mero de presos que aguardam por tornozeleiras em Goi�s - que, segundo o Minist�rio P�blico, chega a 4 mil, enquanto h� 955 equipamentos dispon�veis - e a velocidade com que Rocha Loures recebeu o benef�cio � o que chamou a aten��o de promotores como Fernando Krebs e Marcelo Celestino.
Celestino denunciou que a Comarca de Jaragu�, no interior goiano, espera desde 2015 por cem tornozeleiras, solicitadas judicialmente, mas elas nunca foram entregues. Para ele, houve tratamento desigual. "Presos sem notoriedade n�o t�m essa facilidade", disse, frisando ainda os gastos p�blicos para a Pol�cia Federal trazer Rocha Loures at� Goi�nia.