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Estado de Minas

Em meio � crise, Temer libera R$ 1,8 bilh�o em emendas em junho

A libera��o desses recursos � vista como uma esp�cie de moeda de troca entre o Pal�cio do Planalto e o Congresso


postado em 05/07/2017 18:37 / atualizado em 05/07/2017 19:04


Com a den�ncia por corrup��o passiva tramitando na C�mara, o presidente Michel Temer refor�ou a libera��o de verbas para os parlamentares. Somente em junho, o governo empenhou mais de R$ 1,8 bilh�o em emendas. O valor j� supera o empenhado pela ex-presidente Dilma Rousseff para tentar barrar o impeachment no ano passado.

No acumulado do ano at� maio, o governo havia empenhado apenas R$ 102,5 milh�es em emendas. Ao todo, cada parlamentar pode apresentar at� 25 emendas individuais. O valor total previsto para emendas este ano � de R$ 6,3 bilh�es.

A libera��o desses recursos � vista como uma esp�cie de moeda de troca entre o Pal�cio do Planalto e o Congresso, e costuma ser usada pelo governo para garantir apoio em vota��es importantes. Para barrar o seguimento da den�ncia, Temer precisa do voto de pelo menos 172 dos 513 deputados.

Al�m dos valores empenhados, que � uma esp�cie de promessa de pagamento futuro, o governo tamb�m refor�ou a libera��o dos chamados restos a pagar, recursos referentes a emendas de outros anos que ainda n�o haviam sido pagas. Somente em junho, foram liberados cerca de R$ 535 milh�es, quase um ter�o do valor disponibilizado o ano inteiro: R$ 1,6 bilh�o.

No ano passado, Dilma tamb�m acelerou a libera��o de emendas para tentar barrar o impeachment no Congresso. Somente nos primeiros dias de maio, o governo empenhou R$ 1,4 bilh�o em emendas para deputados e senadores. O afastamento de Dilma, por�m, foi aprovado pelos senadores em 12 de maio.

Ranking


A maioria dos recursos liberados por Temer em junho tem como foco deputados e senadores da base do governo. Dos dez parlamentares que encabe�am o ranking dos valores empenhados, apenas a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) � de um partido de oposi��o. O primeiro colocado � o deputado Jhonatan de Jesus (PRB-RR).

Em quinto lugar, aparece o atual ministro Bruno Ara�jo (PSDB-PE), que � deputado licenciado e amea�ou deixar o cargo quando a dela��o dos empres�rios do grupo J&F veio � tona, em 17 de maio.

L�der do governo no Congresso, o deputado Andr� Moura (PSC-SE) negou que a libera��o das emendas tenha como objetivo ajudar Temer a derrubar a den�ncia. "Se toda vez que o governo liberar as emendas impositivas se entender que � um jogo de a��o pol�tica para a coopta��o de parlamentares, para qualquer que seja a vota��o, ent�o n�s n�o vamos mais poder liberar nada", disse.

Segundo ele, tanto parlamentares da base quanto da oposi��o est�o sendo contemplados e, como as emendas s�o impositivas, o governo tem a obriga��o de liberar, at� o final do ano, o or�amento total previsto para esse fim.

As emendas parlamentares s�o os principais recursos destinados a deputados e senadores para que eles possam viabilizar obras e benfeitorias em seus redutos eleitorais.

Apesar do esfor�o do governo, integrantes da base aliada t�m reclamado da falta de verbas para tirar do papel obras em seus Estados. Na maratona de conversas que Temer teve com deputados esta semana, essa foi uma queixa constante. A preocupa��o dos parlamentares aumenta conforme o calend�rio avan�a, j� que 2018 � ano de elei��o.


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