O agente fazend�rio Ary Ferreira da Costa Filho, que foi assessor do ex-governador do Rio S�rgio Cabral, contou nesta segunda-feira em depoimento � Justi�a que recebeu entre R$ 9 milh�es e R$ 10 milh�es de sobras de campanha do PMDB.
"O Cabral pegava um dinheiro e mandava para mim, isso aqui � para voc�. Ele me dava. Em �pocas de campanha tinha muitas sobras de campanha. Tinham empres�rios que ajudavam eles. Eu ficava afastado dessa parte (da arrecada��o). Sinceramente eu n�o sabia a origem", disse Costa Filho, em interrogat�rio.
Costa Filho contou ainda que esteve na sede do supermercado Prezunic e da cervejaria Itaipava para acompanhar o recolhimento de pagamentos de caixa 2 em esp�cie que somavam mais de R$ 5 milh�es de cada uma das empresas.
O acusado alegou que n�o recebeu o dinheiro, apenas apresentou Carlos Miranda, apontado como o 'homem da mala' do peemedebista, que seria o respons�vel pela arrecada��o para a campanha.
Questionado pelo juiz Marcelo Bretas se ele e Cabral conversavam na pris�o sobre os desdobramentos do processo, Costa Filho respondeu que n�o.
"O pessoal costuma dizer que � Lei de Murici, cada um cuida de si. Passo a maior parte do tempo deitado, porque tenho problema de sa�de, tenho que ficar deitado", declarou.
Costa Filho est� preso desde fevereiro, apontado como um dos principais operadores financeiros do esquema de lavagem de dinheiro que seria liderado pelo ex-governador. Ele tamb�m � acusado de lavar dinheiro para o ex-governador Cabral, de quem � amigo h� mais de 20 anos.