
A filha do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer viajar. Investigada na Opera��o Lava-Jato, Danielle Dytz da Cunha Doctorovich pediu ao juiz federal S�rgio Moro a devolu��o de seus passaportes para ir ao exterior.
"A peticion�ria pretende realizar, ainda neste ano, viagem ao exterior para fins profissionais, raz�o pela qual necessita reaver seus passaportes, acautelados neste Ju�zo", requereu a filha de Eduardo Cunha, preso desde outubro de 2016 e j� condenado por Moro a 15 anos e quatro meses de reclus�o.
"Assim, tendo em vista o longo lapso temporal transcorrido desde o acautelamento dos passaportes, requer a peticion�ria sejam seus passaportes devolvidos, a fim de que possa viajar ao exterior, comprometendo-se, caso a viagem se concretize, a apresentar as respectivas passagens a este Ju�zo, t�o logo sejam elas adquiridas."
A defesa relatou a Moro que a investiga��o contra Danielle foi desmembrada de um inqu�rito que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) por ordem do ent�o ministro Teori Zavascki em 11 de mar�o de 2016, 'a fim de que fosse dado prosseguimento a investiga��o de condutas atribu�das � peticion�ria e � sua madrasta, Cl�udia Cordeiro Cruz'.
"Esclare�a-se que o inqu�rito em quest�o foi instaurado contra a peticion�ria apenas em raz�o de ter ela figurado como dependente em cart�o de cr�dito vinculado a conta estrangeira titularizada por sua madrasta", afirmou a defesa.
Cl�udia, a madrasta, foi denunciada pelo Minist�rio P�blico Federal pelos crimes de lavagem de dinheiro e evas�o fraudulenta de divisas, mas acabou absolvida por Moro.
O magistrado apontou 'falta de prova suficiente de que (Cl�udia Cruz) agiu com dolo' ao manter conta na Su��a com mais de US$ 1 milh�o, dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido.
A defesa de Danielle narrou a Moro que em 22 de mar�o de 2016, 'a fim de demonstrar a este Ju�zo sua disposi��o de atender a todo e qualquer chamamento das autoridades respons�veis pela persecu��o penal, apresentou a este Ju�zo seus passaportes (brasileiro e italiano), que restaram acautelados nesta serventia'.
"A peticion�ria, de fato, prestou esclarecimentos na Procuradoria da Rep�blica do Paran�, n�o tendo sido denunciada pelo Minist�rio P�blico Federal", afirmou.