O presidente Michel Temer est� de volta a Bras�lia na manh� deste s�bado, segundo informou sua assessoria de imprensa. O peemedebista havia chegado por volta das 19h de ontem ao seu escrit�rio em S�o Paulo, ap�s sair de Bras�lia no meio da tarde. Na agenda do presidente n�o h� previs�o de compromissos p�blicos
Em entrevista exclusiva publicada pelo Grupo Estado, o presidente Michel Temer disse que as mudan�as na Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) "dar�o o rumo correto � Lava Jato". Temer tamb�m n�o descartou a possibilidade de troca de comando na Pol�cia Federal (PF), mas assegurou que nunca pretendeu destruir a opera��o da qual virou alvo. "O rumo certo � o cumprimento da lei", disse ele.
Na �ltima quinta-feira, presidente Michel Temer disse que a vit�ria de barrar na C�mara a den�ncia contra ele por corrup��o passiva deu in�cio � "derrota" daqueles que querem afast�-lo. � curioso que, ao longo do tempo, o que tem acontecido � exatamente a derrota daqueles que querem ver prosperar essa eventual possibilidade do afastamento do presidente da Rep�blica", afirmou, em entrevista � R�dio BandNews. Temer voltou a chamar a den�ncia de "inepta" e disse que as acusa��es s�o de "natureza pol�tica".
A C�mara rejeitou por 263 votos contra 227, a den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica contra o presidente. Os governistas precisavam de 172 votos para barrar o prosseguimento da acusa��o. Em pronunciamento depois do encerramento da sess�o, Temer disse que n�o era "uma vit�ria pessoal", mas "do Estado democr�tico".
Na entrevista desta quinta, o peemedebista chamou a den�ncia de "kafkiana" e disse que n�o h� "provas s�lidas". "Quem ouve o �udio (da conversa entre ele e o empres�rio Joesley Batista) n�o verifica nenhum compromisso meu que permitiu esse processo que ningu�m sabe bem o porqu� (dele) e nem porque prosseguiu", afirmou.
O conceito kafkiano a que o presidente se referiu � oriundo da obra do poeta e escritor checo Franz Kafka, que tratou de situa��es surreais e confusas entre a realidade e a fic��o. "A ideia kafkiana como se o presidente fosse um grande corrupto e o outro fosse o santo da hist�ria", disse Temer. O peemedebista ainda destacou que a grava��o, feita "por cidad�o que havia confessado milhares de crimes, foi muito bem urdida e articulada".
O presidente negou as acusa��es da oposi��o de que teria usado dinheiro de emendas para comprar votos de parlamentares para barrar a den�ncia. Segundo ele, al�m do fato de as emendas serem impositivas, a oposi��o tamb�m foi beneficiada com a medida.
"� interessante, dizem que n�s liberamos mais emendas para governistas do que oposicionistas. Se eu mostrar as verbas de emendas entregues � oposi��o voc� ficar� espantado, muitas vezes s�o (emendas) maiores do que aquelas entregues aos governistas", disse o presidente na entrevista. "Na verdade as emendas foram igualmente pagas, oposi��o e situa��o."
Reformas
Temer fez uma lista de a��es de seu governo, destacou a queda da infla��o e dos juros e afirmou que agora, derrubada a den�ncia na C�mara, se sente "fortalecido" para aprovar a reforma da Previd�ncia. "Eu sei que muitos que votaram contra (ele na den�ncia) votam a favor da Previd�ncia."