
Em um dos eventos mais curtos que j� realizou no Pal�cio do Planalto, o presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira, durante cerim�nia de apresenta��o de oficiais generais promovidos, que est� "na moda" falar em garantia da lei e da ordem. Em uma fala de menos de dez minutos, Temer tamb�m parabenizou os militares que est�o no Rio de Janeiro e citou a presen�a das For�as Armadas brasileiras no Haiti.
"Tenho certeza de que os senhores seguir�o exercendo com compet�ncia, sob a �gide do Minist�rio da Defesa, as fun��es que lhes atribuem a Carta Magna: a defesa da p�tria, a garantia do poderes constitucionais e, por iniciativa destes, ali�s, est� muito na moda, a garantia da lei e da ordem", disse o presidente durante a apresenta��o de 15 oficiais generais promovidos.
O presidente tamb�m fez uma refer�ncia ao trabalho dos militares em miss�o no Rio de Janeiro. "N�o quero deixar de dirigir uma mensagem tamb�m aos militares que recentemente iniciaram importante miss�o no Rio de Janeiro. Por isso que est� na ordem do dia a manuten��o da Lei e da Ordem", refor�ou.
Temer, que chegou ao evento acompanhado da primeira-dama Marcela Temer, disse ainda que o governo reconhece o profissionalismo e dedica��o que as For�as Armadas servem o Brasil e que � motivo de orgulho o desempenho dos militares no exterior em miss�es de paz mundo afora.
Ele citou a sa�da das tropas brasileiras do Haiti, que est�o no pa�s desde 2004. "Em breve, nossas tropas deixar�o o Haiti com sentimento de dever cumprido", disse o presidente, que depois ficou confuso e questionou se os militares brasileiros j� haviam deixado o Haiti. "Deixar�o? J� deixaram? Ah, deixam, no dia 31 de agosto."
A Miss�o de Paz da ONU no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil no entanto, deixar� o pa�s em outubro.
Colapso
O presidente n�o citou em nenhum momento de sua fala a dif�cil situa��o financeira das For�as Armadas. Conforme reportagem desta segunda-feira, em meio � discuss�o da mudan�a da meta fiscal e de corte de gastos, as For�as Armadas pressionam pela recomposi��o no Or�amento, que nos �ltimos cinco anos sofreu redu��o de 44,5%. De 2012 para c�, os chamados recursos "discricion�rios" ca�ram de R$ 17,5 bilh�es para R$ 9,7 bilh�es. Os valores n�o incluem gastos obrigat�rios com alimenta��o, sal�rios e sa�de dos militares.
Segundo o comando das For�as, neste ano, houve um contingenciamento de 40%, e o recurso s� � suficiente para cobrir os gastos at� setembro. Se n�o houver libera��o de mais verba, o plano � reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas.
Atualmente, j� h� substitui��o do quadro de efetivos por tempor�rios para reduzir o custo previdenci�rio. Integrantes do Alto Comando do Ex�rcito, Marinha e Aeron�utica avaliam que h� um risco de colapso.
