A Pol�cia Federal (PF) e o Minist�rio P�blico Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) deflagraram nesta quarta-feira (30) uma oper��o, cujo alvo � um grupo que articularia a compra e venda de votos de magistrados membros de um turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Regi�o (TRF5). A Opera��o Alcmeon cumpre mandados nas cidades de Natal, Mossor� (RN) e Recife.
O grupo alvo da opera��o seria formado por advogados e um ex-desembargador, que intermediariam a venda de votos em senten�as criminais para a liberta��o de presos, atenuantes de pena e libera��o de bens apreendidos. Em nota divulgada pela corpora��o, a PF cita o caso de um ex-prefeito que teve a pena reduzida de 28 anos de pris�o para dois anos e oito meses.
Segundo os investigadores, os principais beneficiados seriam pol�ticos e o grupo teria atuado no caso investigado pela Opera��o Pecado Capital, que apontou desvios de recursos do Instituto de Pesos e Medidas no Rio Grande do Norte. Tamb�m h� ind�cios de “explora��o de prest�gio” em processos relacionados � Opera��o Lava Jato.
O esquema foi desvendado a partir de um acordo de dela��o premiada de um empres�rio do Rio Grande do Norte. Segundo a PF, o acusado relatou que em pelo menos duas ocasi�es teria conseguido benef�cios do grupo. Os envolvidos cobrariam cerca de R$ 350 mil pelo servi�o.
Os alvos da Opera��o Alcmeon s�o acusados tamb�m de associa��o criminosa, confec��o e uso de documentos falsificados e lavagem de dinheiro.
Mais detalhes ser�o divulgados em entrevista coletiva pela Pol�cia Federal (PF) no Rio Grande do Norte na manh� desta quarta-feira
Alvo no Recife
No Recife, foi cumprido um mandado de condu��o coercitiva – quando a pessoa � obrigada a comparecer � PF para prestar esclarecimentos – de um servidor p�blico estadual de 58 anos, morador do bairro de Boa Viagem. Ele foi indiciado pelo crime de corrup��o ativa. Depois de ser ouvido no in�cio da manh�, na sede da PF em Pernambuco, ele foi liberado e responder� ao inqu�rito em liberdade.
O Tribunal Regional Federal da 5ª Regi�o foi procurado para que pudesse se posicionar, mas at� a publica��o da reportagem n�o houve retorno.