
A defesa do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerver� informou nesta segunda-feira, que vai recorrer de decis�o do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) que o condenou a pagar por dano ao er�rio na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Em nota enviada � reportagem, os advogados de executivo alegaram que "a condena��o imposta" pela corte n�o reflete a "real atua��o" de seu cliente no neg�cio.
"Todos os seus atos foram embasados em opini�es t�cnicas pr�vias, inclusive em rela��o aos valores pagos, os quais foram considerados adequados e dentro dos patamares de mercado pelos setores financeiros da Petrobras e por consultores externos independentes", afirma o comunicado, assinado pelos advogados Murilo Varasquim, Alisson Nichel e Victor Leal.
A defesa do ex-diretor alega ainda que a transa��o foi aprovada "por toda" a Diretoria Executiva da Petrobras. "Uma aquisi��o desse porte � de responsabilidade exclusiva dos Conselheiros da Petrobras, nos termos do pr�prio estatuto da empresa. Portanto, a decis�o do TCU parte de uma premissa equivocada e ser� objeto de recurso."
A compra de Pasadena foi feita em duas etapas, uma em 2006 e a outra em 2012. At� 2010, o Conselho de Administra��o era presidido pela ent�o ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que se desligou do cargo para concorrer � Presid�ncia.
Na �ltima quarta-feira, 30, o TCU determinou que Cerver� e o ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli paguem US$ 79 milh�es (cerca de R$ 250 milh�es) pelas perdas na compra da segunda metade de Pasadena. Al�m disso, imp�s a cada um deles multa de R$ 10 milh�es.
Os dois foram considerados os respons�veis pela assinatura de uma carta de inten��es enviada ao Grupo Astra Oil, que vendeu a refinaria, na qual se comprometiam a pagar US$ 700 milh�es pelos ativos. No entendimento do tribunal, o documento elevou indevidamente o pre�o final, pago em 2012.
Cerver� foi preso em 2015 por envolvimento no esquema de corrup��o investigado na Lava Jato. O ex-diretor firmou um acordo de dela��o premiada, na esfera criminal, e confessou ter recebido propina para viabilizar o neg�cio.