Ao mandar prender Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos do grupo J&F, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltou que, em liberdade, os colaboradores encontrar�o os mesmos est�mulos voltados a ocultar parte dos elementos probat�rios.
O magistrado decretou pris�o tempor�ria, por cinco dias, dos empres�rios e negou o encarceramento do ex-procurador Marcelo Miller.
O procurador-geral da Rep�blica havia pedido a deten��o dos delatores e do advogado em raz�o de �udio enviado pela defesa dos colaboradores em anexo complementar sobre o senador Ciro Nogueira (PP), que revela conversa entre Saud e Joesley na qual Miller � mencionado como um integrante do Minist�rio P�blico Federal que teria atuado em benef�cio da JBS.
"No caso, a an�lise do �udio e dos documentos juntados na m�dia das fls. 15 revela ind�cios suficientes de que os colaboradores omitiram, no momento da formaliza��o do acordo de colabora��o premiada, informa��es a que estavam obrigados prestar sobre a participa��o do ent�o Procurador da Rep�blica Marcello Miller no aconselhamento destes quando das negocia��es dos termos da aven�a. Num ju�zo de cogni��o sum�ria, como � pr�prio desta fase tal fato pode implicar justa causa � ulterior rescis�o dos acordos celebrados, nos termos da Cl�usula 25 em rela��o a Ricardo Saud e Cl�usula 26 em rela��o a Joesley Mendon�a Batista", anotou Fachin.
Marcelo � o piv� da investiga��o que pode culminar com a rescis�o da dela��o da JBS, embasada em �udio enviado pela defesa dos colaboradores em anexo complementar sobre o senador Ciro nogueira (PP). Ele integrou a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato e atuou nas dela��es do ex-senador Delc�dio do Amaral e do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado.