
A for�a-tarefa da opera��o, que na ocasi�o vai ser representada pelo procurador Deltan Dallagnol, foi escolhida como um dos tr�s finalistas do pr�mio, considerado uma das maiores distin��es mundiais para o reconhecimento dos esfor�os no combate � corrup��o e na defesa dos direitos humanos.
Tamb�m disputam o pr�mio, no valor 100 mil d�lares canadenses, Khadija Ismayilova, uma jornalista do Azerbaij�o que foi presa por fazer den�ncias do presidente do seu pa�s, e a advogada eg�pcia Azza Soliman, cofundadora do Centro para Assist�ncia Legal das Mulheres Eg�pcias (CEWLA), que tamb�m chegou a ser detida em fun��o do seu trabalho.
Desde o in�cio do m�s, a comunidade acad�mica local tem se mobilizado e enviado cartas para a comiss�o organizadora do pr�mio, a diretoria da Faculdade de Direito e a reitoria da UBC, para contestar a indica��o da Lava-Jato como um dos finalistas.
Uma organiza��o de juristas brasileiros, chamada de Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia, tamb�m se manifestou e enviou cartas � universidade. Fazem parte do grupo nomes como o ex-procurador e ex-ministro da Justi�a Eug�nio Arag�o.
Tanto os acad�micos quanto os juristas defendem que a Lava-Jato n�o segue os princ�pios do Estado democr�tico de direito, cometeu uma s�rie de abusos considerados ilegais e inconstitucionais nos �ltimos anos e por isso n�o merece receber a honraria. O principal questionamento dos dois grupos � o que eles consideram "falhas" na condu��o dos processos contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Para os estudantes, n�o h� como explicar por que a Lava-Jato se encaixa nos crit�rios do pr�mio, j� que a opera��o vem sofrendo in�meras cr�ticas no Brasil. Eles devem realizar novos protestos durante a cerim�nia de premia��o.
A reportagem tentou contato com os organizadores do pr�mio por e-mail e com integrantes da universidade, mas n�o obteve resposta. Dallagnol j� est� no Canad�, mas a assessoria de imprensa do Minist�rio P�blico em Curitiba disse que ele n�o iria comentar os protestos.