
Bras�lia - Dono da quinta maior bancada na C�mara, com 39 parlamentares, o PSD vai trocar um de seus quatro integrantes na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da Casa. De acordo com o l�der do partido, Marcos Montes (MG), o deputado Delegado �der Mauro (PA) pediu para deixar o colegiado. No lugar dele, Montes deve indicar a deputada Raquel Muniz (MG).
“O Delegado �der Mauro me pediu semana passada para sair. Ele, inclusive, comunicou ao presidente Michel Temer que iria votar contra ele nessa segunda den�ncia e, por isso, iria sair da CCJ”, afirmou Montes.
Na primeira den�ncia contra Temer, Mauro e os outros tr�s integrantes titulares do PSD na CCJ votaram pela rejei��o da pe�a acusat�ria. Mauro disse � reportagem que j� definiu seu voto, mas disse que n�o o revelou para ningu�m.
O l�der do PSD afirmou que deve oficializar hoje. Segundo Montes, Raquel Muniz � a primeira na lista para ser indicada para o lugar de �der Mauro. A mineira votou a favor de Temer na primeira den�ncia.
O marido de Raquel � o ex-prefeito de Montes Claros, no Norte de Minas, preso um dia ap�s ela homenage�-lo durante a vota��o do impeachment de Dilma Rousseff (PT). Al�m da sa�da de �der Mauro, a bancada do PSD na CCJ deve ter outra movimenta��o para a vota��o da segunda den�ncia.
Voto declarado a favor da aceita��o da pe�a acusat�ria, o deputado Expedito Netto (PSD-RO) n�o participar� da vota��o da den�ncia na CCJ. Ele estar� em miss�o oficial no exterior. No lugar dele, votar� um dos cinco suplentes do partido, provavelmente um contr�rio � den�ncia, segundo Montes.
Netto disse que viajar� para Singapura e Dubai em miss�o oficial pela comiss�o que trata de projeto sobre a regulamenta��o de moedas virtuais, do qual � relator na Casa. Ele disse que viajaria na �ltima sexta-feira e s� retornar� no s�bado. � justamente nesse per�odo que o parecer do deputado Bonif�cio de Andrada (PSDB-MG) sobre a segunda den�ncia contra Temer deve ser votado na CCJ.
A miss�o oficial evitou que o l�der do PSD, Marcos Montes (MG), tivesse de substituir Netto novamente na CCJ. Na primeira den�ncia o deputado de Rond�nia foi substitu�do na CCJ por Evandro Roman (PSD-PR), que votou pela rejei��o da pe�a acusat�ria.
Os outros quatro integrantes do PSD titulares na comiss�o na �poca votaram a favor de Temer: Delegado �der Mauro, Domingos Neto (CE), Rog�rio Rosso (DF) e Thiago Peixoto (GO). Integrante do chamado Centr�o como o PSD, o PR tamb�m trocou seus membros na CCJ.
Na �ltima quarta-feira, o partido trocou o deputado Giovani Cherini (RS), aliado do Planalto, por Alexandre Valle (RJ). Embora governista, Valle integra o grupo de insatisfeitos com Temer. Na semana anterior, a sigla tamb�m substituiu Jorginho Mello (SC), que era titular da CCJ e votou a favor de Temer na primeira den�ncia, pelo Delegado Edson Moreira (MG), contr�rio � investiga��o.
DELA��O A divulga��o dos v�deos da dela��o premiada do doleiro L�cio Funaro e a opera��o de busca e apreens�o no gabinete e na resid�ncia do deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA) ontem deram novo �nimo � oposi��o na C�mara para garantir o prosseguimento da segunda den�ncia contra Temer.
Os oposicionistas dizem que os novos epis�dios podem ajudar a reverter votos na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) e a estrat�gia, a partir de agora, � explorar os acontecimentos com profundidade no colegiado, incluindo a exibi��o dos v�deos de Funaro durante a sess�o de debates, prevista para come�ar hoje.
O deputado J�lio Delgado (PSB-MG), um dos principais articuladores da oposi��o na CCJ, disse contabilizar agora 36 votos pela rejei��o da den�ncia contra 28 votos pelo prosseguimento do processo (contando com a expuls�o dos deputados do PSB que hoje integram a CCJ). At� semana passada, os governistas diziam ter entre 38 a 44 votos a favor de Temer. “Esse placar vai se alterar muito mais”, prev� Delgado.
J� o vice-l�der do governo na C�mara, Beto Mansur (PRB-SP), disse que a dela��o do doleiro e a opera��o policial contra L�cio Vieira Lima n�o alteram o cen�rio pr�-governo na aprecia��o da segunda den�ncia.
“Na minha opini�o n�o muda absolutamente nada. Temos um n�mero de votos consolidados”, declarou. Os governistas querem liquidar o tema na comiss�o na quarta-feira, 18, e deixar a vota��o de m�rito para a pr�xima semana no plen�rio.