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Estado de Minas

Moraes v� normalidade entre A�cio e Gilmar e diz que Pa�s vive 'macarthismo'

De acordo com o ministro, n�o h� nenhum problema em integrantes do Supremo conversarem com parlamentares. Segundo ele, desde que assumiu Gilmar o comando do TSE sempre se reuniu com presidentes de partidos para discutir reforma pol�tica


postado em 20/10/2017 17:19 / atualizado em 20/10/2017 17:38

S�o Paulo, 20 - Ap�s palestra na Escola Paulista de Magistrados, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, disse que o "Brasil vive macarthismo". Ele saiu em defesa aberta de Gilmar Mendes e classificou de "normal" o fato de o colega da Corte ter mantido 43 contatos - via aplicativo WhatsApp - com o senador A�cio Neves (PSDB-MG), alvo da Opera��o Patmos, da Pol�cia Federal, por suposta propina de R$ 2 milh�es da JBS.

"O ministro Gilmar, desde o in�cio de seu mandato, se re�ne com presidentes de v�rios partidos, com diversos senadores para tratar da reforma pol�tica", disse Alexandre. "E o faz �s claras. Ent�o, n�o h� nenhum problema em que um membro do Supremo converse com parlamentares. N�s estamos vivendo, infelizmente, no Brasil, o que os Estados Unidos viveram l� atr�s, um macarthismo muito grande."

O macarthismo foi um movimento radical deflagrado nos anos 1950 pelo senador Joseph McCarthy (republicano) contra os que defendiam o comunismo.

"Os deputados e senadores s�o membros de um Poder. N�s n�o podemos confundir o continente com o conte�do", seguiu o ministro.

Para Alexandre, "o continente � o Congresso, essencial para a democracia".

Ele citou per�odos de exce��o no Pa�s. "Toda vez em que se enfraqueceu o Congresso, n�s tivemos uma ditadura, com Vargas e depois a ditadura militar."

Nesta quinta-feira, 19, relat�rio da Pol�cia Federal encaminhado ao Supremo mostrou detalhes - mas n�o o conte�do - das 43 chamadas entre Gilmar e A�cio, que estava no grampo dos investigadores em a��o controlada autorizada pelo STF.

A investiga��o pegou contatos entre o ministro e o senador no mesmo dia em que Gilmar decretou o adiamento do depoimento de A�cio na Corte. O ministro � relator de quatro inqu�ritos abertos para investigar o tucano.

Esses inqu�ritos fazem parte do acervo da Opera��o Lava-Jato. Alexandre disse que essas investiga��es "n�o podem depender apenas de delatores".

"O Brasil precisa ter mecanismos de investiga��o mais �geis e preventivos. Como n�o se percebeu que, durante anos e anos, bilh�es foram desviados da Petrobras?", questionou Alexandre.

(Julia Affonso e Fausto Macedo)


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