O juiz federal S�rgio Moro autorizou nesta segunda-feira, 30, que a Pol�cia Federal use a dela��o de executivos da Odebrecht e a documenta��o ligada aos depoimentos em investiga��o sobre as palestras do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O petista controla a empresa LILS Palestras, Eventos e Publica��es - aberta em 2011, ap�s ele deixar o governo.
A Opera��o Lava-Jato suspeita que os pagamentos de palestras do petista, no Brasil e em pa�ses das am�ricas Latina e Central e �frica, pode ter ocultado propinas. Os investigadores apuram o recebimento direto de R$ 9 milh�es de seis empreiteiras acusadas de cartel e corrup��o na Petrobr�s, e outros pagamentos indiretos e de outras empresas.
A PF havia solicitado autoriza��o "para utiliza��o de todo o material amealhado nos autos para instru��o do inqu�rito policial instaurado para investigar pagamentos indevidos e lavagem de dinheiro relacionados � LILS Palestras e ao ex-Presidente da Rep�blica, e eventuais desmembramentos". O Minist�rio P�blico Federal foi favor�vel � solicita��o.
Moro liberou. "Ante a manifesta��o convergente das autoridades respons�veis pelo procedimento investigat�rio, defiro o requerido e autorizo a utiliza��o das provas e elementos probat�rios destes autos para instru��o das investiga��es encetadas no �mbito do inqu�rito policial e eventuais desmembramentos."
A investiga��o pode gerar mais uma den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, no Paran�, contra o ex-presidente. Lula foi alvo de tr�s acusa��es da for�a-tarefa.
A primeira envolve o tr�plex do Guaruj�. O petista foi condenado a nove anos e seis meses de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro.
Lula � r�u em a��o penal por supostas propinas da Odebrecht. As vantagens indevidas incluiriam um terreno de R$ 12,5 milh�es para Instituto Lula e cobertura vizinha � resid�ncia de Lula em S�o Bernardo de R$ 504 mil.
Em outro processo, Lula responde por corrup��o e lavagem de dinheiro relacionado ao s�tio de Atibaia.
O petista nega todas as acusa��es. Seus advogados afirmam que Lula � v�tima de "lawfare".
"Uma das t�ticas desse fen�meno consiste justamente na abertura de diversos procedimentos jur�dicos sem materialidade, fr�volos, exatamente como ocorre em rela��o a essa investiga��o relativa a palestras efetivamente realizadas pelo ex-presidente a partir de rela��es privadas e l�citas", t�m reiterado seus defensores.
Os advogados afirmam que "todas as palestras do ex-presidente foram feitas e pagas com as devidas emiss�es de notas e pagamento de impostos".
(Julia Affonso e Ricardo Brandt)