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Estado de Minas

'Delatores fizeram Brasil se olhar no espelho', diz Wesley Batista

A declara��o foi dada � Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) da JBS, em sess�o conjunta com a CPI do BNDES no Senado Federal


postado em 08/11/2017 12:01 / atualizado em 08/11/2017 12:13

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS realiza audiência pública para ouvir o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito da JBS realiza audi�ncia p�blica para ouvir o empres�rio Wesley Batista, um dos donos da JBS (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

Bras�lia - O s�cio da JBS Wesley Batista disse nesta quarta-feira, 8, que colaboradores da Justi�a brasileira est�o sendo "punidos e perseguidos" por dizer a verdade. Detido h� quase dois meses por suposta pr�tica do crime de insider trading - uso de informa��o privilegiada para lucrar no mercado financeiro -, Wesley afirmou que as dela��es premiadas fizeram o Pa�s se "olhar no espelho". O resultado foi que a na��o "n�o gostou do que viu", disse Wesley.

"Estamos vivendo um imenso retrocesso daquilo que esperava ser um profundo processo de transforma��o do Pa�s. As dela��es fizeram o Pa�s se olhar no espelho. Como n�o gostou do que viu, o resultado tem sido colaboradores presos e delatados soltos", afirmou.

As declara��es foram dadas � Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) da JBS, em sess�o conjunta com a CPI do BNDES no Senado Federal. Antes de invocar o direito a permanecer calado, Wesley afirmou ainda que n�o se arrepende de ter colaborado com a Justi�a, mas que descobriu que o processo � "imprevis�vel e inseguro".

"N�o � f�cil, � solit�rio, d� medo e causa muita apreens�o. Hoje, na condi��o em que me encontro, descobri que � um processo imprevis�vel e inseguro para quem decidiu colaborar. Mas continuo acreditando na Justi�a brasileira." Depois do pronunciamento em tom de indigna��o, ele passou a usar o direito de ficar em sil�ncio a cada pergunta feita pelos parlamentares integrantes do colegiado.

"Neste momento, ficarei em sil�ncio principalmente pela complementaridade da minha colabora��o, ainda sob an�lise da Procuradoria-Geral da Rep�blica. Em um eventual depoimento sem autoriza��o da PGR, eu poderia estar colocando em risco minha colabora��o. Estou preso por um crime que jamais cometi. T�o logo essa situa��o seja resolvida, com autoriza��o expressa da PGR, eu me comprometo a prestar todos e quaisquer esclarecimentos", disse.

Os senadores ainda tentaram insistir para que, diante de dezenas de rep�rteres e de c�meras da TV Senado que transmitiam ao vivo a sess�o, o empres�rio aceitasse falar para se defender. Diante da negativa de Wesley e seus advogados, decidiram ent�o que o manteriam presente no audit�rio e fariam suas explana��es e questionamentos sobre a corrup��o na JBS.

Wesley e seu irm�o, Joesley Batista, s�cios da JBS, est�o presos desde o in�cio de setembro. Os empres�rios foram detidos preventivamente na Opera��o Tend�o de Aquiles por suposta pr�tica do crime de insider trading, acusados de terem feito transa��es com d�lares �s v�speras da divulga��o da dela��o, com o objetivo de lucrar com informa��es privilegiadas no mercado financeiro. J� sobre os pagamentos de propinas a pol�ticos, os irm�os correm o risco de perder a imunidade que haviam garantido ao aceitar delatar aos investigadores da Lava-Jato.


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