
Ela foi levada � noite por policiais federais para o Pres�dio Jos� Frederico Marques, em Benfica, onde est� seu marido, o governador S�rgio Cabral (PMDB), o ex-governador Anthony Garotinho, a ex-governadora Rosinha Matheus e o presidente licenciado da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB).
A volta para a pris�o preventiva foi decidida na tarde de ontem por tr�s votos a dois pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o (TRF-2).
O advogado de Adriana, Renato Moraes, defendeu que a ex-primeira-dama n�o oferece risco algum para a sociedade e informou que entrar� com recurso nos tribunais de Bras�lia. O pedido da cassa��o da pris�o domiciliar da ex-primeira-dama foi feito pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). Na manifesta��o, os procuradores sustentam que a concess�o do regime domiciliar “representa enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de m�es presas no sistema penitenci�rio sem igual benef�cio”.
“Pod�amos entrar no Supremo com pedidos para que todas as r�s nessa situa��o fossem soltas, mas n�o � assim. Devem ser levados em conta outros requisitos”, disse a procuradora M�nica de R�, ressaltando que os filhos do casal t�m assist�ncia de familiares, est�o em bons col�gios e t�m acompanhamento m�dico.
A lei processual prev� a possibilidade do recurso chamado embargos infringentes no caso de diverg�ncia do colegiado julgador e, por isso, Adriana conseguiu permanecer em pris�o domiciliar at� esta quinta.
A mulher de Cabral foi presa na Opera��o Calicute, desdobramento da Lava-Jato, em 6 de dezembro e condenada em setembro a 18 anos e tr�s meses de reclus�o por associa��o criminosa e lavagem de dinheiro. No mesmo processo, o ex-governador recebeu pena de 45 anos e tr�s meses de pris�o.
PF prende ex-secret�rio
A Pol�cia Federal prendeu ontem cinco pessoas durante a Opera��o C’est Fini, nova fase da Lava-Jato, no Rio. Entre os detidos est�o o ex-secret�rio da Casa Civil de S�rgio Cabral R�gis Fichtner e o empres�rio George Sadala. Fernando Cavendish, empres�rio ligado � Construtora Delta, foi alvo de mandado de condu��o coercitiva, e o empres�rio Alexandre Accioly foi intimado a depor. A C’est Fini mira um esquema no setor de presta��o de servi�os ao estado. S�o investigados os crimes de corrup��o, organiza��o criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com o MPF, Fichtner teria recebido R$ 1,56 milh�o em vantagens indevidas. Ele teria usado o seu cargo de chefe da Casa Civil para favorecer empresas espec�ficas de outros integrantes do esquema atribu�do ao ex-governador.
As investiga��es tiveram como base os depoimentos do operador de Cabral, Luiz Carlos Bezerra, que admitiu que as anota��es feitas em suas agendas apreendidas pela Pol�cia Federal referiam-se � contabilidade paralela da organiza��o liderada pelo ex-governador. Nas anota��es constam os codinomes “Regis”, “Alem�o” e “Ga�cho”, que seriam refer�ncias a Regis Fichtner. Ele e Sadala foram fotografados, em setembro de 2009, na Farra dos Guardanapos, em Paris, ao lado de S�rgio Cabral.