S�o Paulo - Apesar de ser um deputado identificado com as causas da chamada bancada BBB (Boi, Bala e B�blia), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) n�o deve receber o apoio das principais lideran�as das frentes tem�ticas, como a do agroneg�cio, da seguran�a p�blica e a evang�lica, em seu sonho presidencial.
O "radicalismo", o "isolamento partid�rio" e uma certa "inexperi�ncia" s�o os pontos que separariam Bolsonaro desses parlamentares.
O almo�o com os deputados ruralistas na ter�a-feira, 28, na sede da Frente Parlamentar da Agropecu�ria (FPA), mostrou que a promessa de "distribuir fuzis para os propriet�rios de terra se defenderem contra invas�es" passou do ponto. "A quest�o da seguran�a da propriedade rural � bastante delicada. � preciso, primeiro, defender a aplica��o da lei. Muita gente achou que a hist�ria dos ‘fuzis’ n�o ajuda a nossa causa", disse o coordenador da FPA, Nilson Leit�o (PSDB-MT).
Entre expoentes da bancada ruralista, ganha corpo a opini�o de que Bolsonaro serviria apenas como um plano B - e somente em um eventual segundo turno contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). Um term�metro disso foi a baixa ades�o ao almo�o do deputado com a bancada. Os encontros com Geraldo Alckmin e Jo�o Doria, ambos do PSDB, foram mais concorridos. Al�m disso, Leit�o, que hoje � a principal lideran�a na bancada, j� declarou ter candidato: Alckmin.
Mesmo na frente da seguran�a p�blica, onde o discurso pr�-flexibiliza��o do Estatuto do Desarmamento encontra resson�ncia na voz do deputado, o apoio � adornado por uma s�rie de ressalvas. "Bolsonaro � uma pedra que precisa ser burilada", disse o coordenador da frente, Alberto Fraga (DEM-DF). "Ele precisa modular a forma como se expressa. Acho que ele pode defender suas ideias sem agredir outros segmentos da sociedade", afirmou.
Fraga disse que o apoio a Bolsonaro � maior no n�cleo duro da bancada (cerca de 30 deputados) do que em sua totalidade (mais de 200 deputados).
Um dos motivos disso, segundo o deputado, seria a postura avessa �s coliga��es que o pr�prio potencial presidenci�vel tem adotado - e que estaria no cerne de sua ida para um partido pequeno, como o PEN-Patriota. "A frente � pluripartid�ria, temos nomes de diversos partidos e com atua��es diferentes em seus Estados. O isolamento pode prejudic�-lo", afirmou Fraga.
Economia
J� o coordenador da bancada evang�lica, o deputado Takayama (PSC-PR), discorreu sobre as virtudes de um potencial candidato. "N�o basta ser um homem honesto, tem de ter capacidade de gerenciamento, experi�ncia administrativa e preparo pol�tico", disse. Takayama tamb�m afirmou ser prefer�vel que o futuro presidente "entenda de economia".