(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

12 milh�es de brasileiros compartilham fake news, diz pesquisa

Um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Pol�ticas P�blicas para o Acesso � Informa��o (Gpopai) da Universidade de S�o Paulo (USP) revela que essa amea�a � bem maior do que se imaginava


postado em 02/01/2018 08:00 / atualizado em 02/01/2018 08:21

No Brasil já existem exemplos claros de como a fake news pode influenciar a política(foto: Bruno Furtuna/ Fotos Públicas)
No Brasil j� existem exemplos claros de como a fake news pode influenciar a pol�tica (foto: Bruno Furtuna/ Fotos P�blicas)
Com a populariza��o de sites, blogs e p�ginas nas redes sociais que alegam oferecer conte�do informativo, fica f�cil o eleitor cair em um boato. O problema das not�cias falsas n�o � exclusividade da internet, nem � uma novidade. No entanto, o que mudou foi o alcance e a velocidade que esses assuntos se espalham.

Um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Pol�ticas P�blicas para o Acesso � Informa��o (Gpopai) da Universidade de S�o Paulo (USP) revela que essa amea�a � bem maior do que se imaginava. Somente nas redes sociais, 12 milh�es de brasileiros compartilham informa��es inver�dicas, as chamadas fake news. O mundo entrou em alerta ap�s o FBI apontar que as elei��es para presidente dos Estados Unidos foram intensamente influenciadas por ataques que teriam partido de hackers da R�ssia


No Brasil j� existem exemplos claros de como isso pode influenciar a pol�tica. Um boato que surgiu em 2015, ganhou for�a em 2016 e permanece at� hoje sendo compartilhado na rede � uma suposta tentativa de suic�dio de Dilma Rousseff. Em junho de 2015, o assunto foi t�o compartilhado pela internet que ela, que ainda ocupava a Presid�ncia da Rep�blica, teve que ir a p�blico desmentir a informa��o. Na campanha de 2014 circulou na internet a informa��o de que o PT trouxe ao pa�s 50 mil cidad�os do Haiti para votar. De acordo com o texto da falsa not�cia, os haitianos receberam dupla cidadania para engrossar o saldo de votos de candidatos petistas.


A especialista Helena Martins, diretora da ONG Intervozes — voltada para o direito a comunica��o — destaca que atualmente existe um modelo de neg�cios em torno das not�cias falsas. “� uma quest�o muito complexa. A maioria dos boatos se espalham com interesses financeiros, por meio de sites ca�adores de cliques. Mas tamb�m temos os que se espalham por ideologia e outros que querem silenciar minorias, atacando homossexuais e mulheres, por exemplo”, destaca.

Ela afirma que a solu��o envolve mudan�as no acesso a informa��o, mas o problema n�o pode ser usado para pregar a censura. “O ideal seria que empresas como o Facebook deixassem claro quando uma publica��o � patrocinada. As p�ginas fazem isso para alcan�ar mais pessoas e ter maior retorno financeiro ou ideol�gico”, completa.


O advogado Aylan Estrela, especialista em direito digital, destaca que quem cria esse tipo de boato pode ser penalizado com leis j� existentes. “Esses crimes contra a honra s�o previstos pelo C�digo Penal. A grande quest�o � a identifica��o dos autores. Hoje existem mecanismos para identificar, como o armazenamento dos dados dos criminosos. Mas em rela��o a leis espec�ficas para o per�odo eleitoral n�o temos nada em vigor e nem tempo para aprovar”, afirma. O TSE aprovou uma s�rie de resolu��es que ser�o v�lidas para as pr�ximas elei��es. Durante sess�o no plen�rio da corte, os ministros destacaram a import�ncia de combater a propaga��o de not�cias falsas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)