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Estado de Minas

Julgamento de Lula antecipa campanha eleitoral de 2018

Julgamento do ex-presidente Lula, marcado para o dia 24, vai antecipar campanha e temas pol�ticos que tradicionalmente s� entram no calend�rio dos partidos ap�s a folia


postado em 03/01/2018 06:00 / atualizado em 03/01/2018 07:33

Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2017(foto: Sérgio Lima/AFP - 9/10/17)
Lula foi condenado pelo juiz S�rgio Moro a nove anos e meio de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro em 2017 (foto: S�rgio Lima/AFP - 9/10/17)

Recheado de expectativas, 2018 come�a mais cedo para a pol�tica brasileira. O julgamento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), marcado para o dia 24, vai antecipar as decis�es que influenciar�o o processo eleitoral de outubro, tradicionalmente deixadas para depois do carnaval. O calend�rio de todos os partidos e dos pr�-candidatos, mesmo daqueles que n�o concorrer�o ao Pal�cio do Planalto, aguarda o desenrolar da sess�o do Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o, em Porto Alegre, que julgar� o caso do triplex no Guaruj� pelo qual o petista foi condenado em primeira inst�ncia pelo juiz S�rgio Moro.

A poss�vel condena��o de Lula tem gerado uma ampla mobiliza��o da esquerda nas redes sociais. Apoiadores de Lula dizem que, se o petista n�o participar das elei��es, elas ser�o uma fraude. Houve at� quem criticasse a data escolhida para o julgamento, devido ao fato de ela coincidir com o dia em que dona Marisa, mulher de Lula, teve o AVC que a acabou matando, em 2017. Ocorre que, pela Lei da Ficha-Limpa, caso o TRF confirme a condena��o do petista, ele poder� ficar impedido de concorrer ao Pal�cio do Planalto. H� ainda a possibilidade de ele participar do pleito sub judice, com a candidatura questionada na Justi�a Eleitoral.

Movimentos sociais tamb�m j� se organizam para ocupar a capital do Rio Grande do Sul e, por causa disso, o Minist�rio P�blico Federal entrou com pedido para impedir os protestos. A decis�o do juiz federal Os�rio �vila Neto foi por proibir a instala��o de acampamento no local do julgamento e delimitar �rea para que os manifestantes fiquem na data da sess�o.

O ex-presidente Lula foi condenado a nove anos e seis meses de pris�o por causa do apartamento triplex no litoral de S�o Paulo, que nega possuir. O juiz S�rgio Moro o sentenciou pelos crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro. O ex-presidente � acusado, dentro da Opera��o Lava-Jato, de ocultar a propriedade que teria sido recebida como propina da construtora OAS como uma troca de favores para a empreiteira na Petrobras. Nas 218 p�ginas da decis�o, Moro diz que caberia at� a pris�o preventiva do petista, mas que optou por n�o tomar tal atitude por prud�ncia. Moro determinou ainda na senten�a que Lula n�o poder� exercer cargo ou fun��o p�blica. O ex-presidente sempre negou as acusa��es.

TROCA DE FAVORES De acordo com a acusa��o do MPF, em troca de contratos com a Petrobras, Lula teria recebido R$ 3,7 milh�es em propina da OAS por meio da reforma do triplex no condom�nio Solaris. A empreiteira tamb�m o teria favorecido com o pagamento de R$ 1,3 milh�o para a empresa Granero guardar itens que o petista recebeu no exerc�cio da presid�ncia. No caso do armazenamento, o ex-presidente Lula foi absolvido.

Lula lidera as pesquisas eleitorais para a sucess�o do presidente Michel Temer (PMDB), � frente do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e dos demais candidatos. Segundo um dos �ltimos levantamentos, divulgado em dezembro pelo DataFolha, Lula tem 34% das inten��es de voto, contra 17% de Bolsonaro e 9% de Marina Silva (Rede). Em seguida aparecem o tucano Geraldo Alckmin e Ciro Gomes (PDT), com 6% das inten��es cada um deles.

Depois de condenado pelo juiz S�rgio Moro, o ex-presidente Lula iniciou uma peregrina��o pelo interior do Brasil, com caravanas passando pelos principais munic�pios de cada regi�o. A primeira volta foi pelo Nordeste e, em outubro, ele visitou cidades de Minas Gerais. Alvo preferencial de ataque dos advers�rios, Lula vem repetindo que est� com 72 anos, mas “energia de 30”.

Entenda o caso

• A den�ncia contra Lula por causa das rela��es com a OAS foi aceita em setembro de 2016. O Minist�rio P�blico Federal acusa o petista dos crimes de lavagem de dinheiro e corrup��o passiva

• Segundo os procuradores, o petista teria recebido R$ 3,7 milh�es em propina por tr�s contratos da OAS com a Petrobras. O dinheiro teria vindo pela reforma de um apartamento triplex no Guaruj� (foto)e com o pagamento de uma empresa para guardar os presentes que Lula ganhou na presid�ncia

• Tamb�m foram denunciados a mulher de Lula, Marisa Let�cia, que faleceu em 3 de fevereiro de 2017, o ex-presidente da OAS, L�o Pinheiro, Paulo Okamotto, do Instituto Lula, Paulo Gordilho e Agenor Franklin Magalh�es Medeiros, ex-executivos da OAS, F�bio Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos e Roberto Moreira Ferreira, ligado � OAS

• Em 12 de julho, Lula foi condenado pelo juiz S�rgio Moro a 9 anos e 6 meses de pris�o pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrup��o

• Moro considerou que Lula ocultou vantagem recebida pela OAS, como propina para participar de contratos da Petrobras, dinheiro pago a ele em decorr�ncia de ocupar o cargo de presidente da Rep�blica

• Segundo o MPF, a OAS destinou a Lula um apartamento triplex no Condom�nio Solaris, no Guaruj�, litoral de S�o Paulo, de frente para o mar

• A suposta propina teria chegado a R$ 2,76 milh�es, equivalentes � diferen�a do que a fam�lia de Lula pago


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