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Estado de Minas

Planalto pode apoiar elei��o de Alckmin, afirma Marun


postado em 04/01/2018 11:19 / atualizado em 04/01/2018 12:14

Alckmin e Temer durante evento para entrega de 900 casas populares em Limeira, interior de São Paulo, no início de dezembro do ano passado(foto: Daniel Teixeira/estadão Conteúdo - 02/12/17)
Alckmin e Temer durante evento para entrega de 900 casas populares em Limeira, interior de S�o Paulo, no in�cio de dezembro do ano passado (foto: Daniel Teixeira/estad�o Conte�do - 02/12/17)

Bras�lia - Deputado de primeiro mandato, al�ado ao cargo de ministro da Secretaria de Governo desde dezembro, Carlos Marun � conhecido como um dos homens da tropa de choque do presidente Michel Temer. Assim que assumiu a fun��o, se indisp�s com governadores ao vincular libera��o de empr�stimos aos Estados � vota��o da reforma da Previd�ncia.

O ministro reafirmou a prioridade do governo de aprovar a mudan�a no regime de aposentadorias e disse que o Planalto s� vai come�ar discutir nomes para a elei��o presidencial ap�s a proposta passar no Congresso. N�o descartou, por�m, que o PMDB apoie uma eventual candidatura do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo Marun, apesar da m�goa em rela��o � postura do tucano durante a tramita��o das duas den�ncias contra Temer, a defesa que Alckmin tem feito da reforma permite a abertura de um canal de reaproxima��o entre o governo e o PSDB.

Temer disputar� a reelei��o?

Acredito que o projeto que o governo defende e j� executou deve ter um candidato.

O PMDB tem outros nomes para lan�ar � Presid�ncia?

Nomes n�s temos e acredito que o PMDB vai coloc�-los ap�s a conclus�o da reforma da Previd�ncia. N�o um nome inarred�vel, do tipo, "n�s n�o vamos sair, fa�a chuva ou fa�a sol". Eu at� ia instalar uma placa aqui: "Nesta sala, a sucess�o presidencial s� entra depois da Previd�ncia". Penso que a reforma ser� um fator determinante para as possibilidades de sucesso desse que venha a ser o candidato.

H� dificuldade de apoiar outro nome da base, como o do governador Geraldo Alckmin (PSDB)?

As dificuldades j� foram maiores. A posi��o que o governador est� tomando em rela��o � reforma da Previd�ncia tem como consequ�ncia uma retomada de aproxima��o.

H� brecha para reaproxima��o?

H�, (a posi��o de Alckmin) deixa clara a exist�ncia desse espa�o. Nunca houve um completo afastamento, mas, eu, Carlos Marun, fui um dos que se sentiram magoados com a pouca participa��o do governador no processo de combate �s den�ncias (contra Temer). No entanto, vejo agora essa posi��o firme em defesa da reforma como um fator que abre espa�o para a reaproxima��o, e, sem d�vida, ele � uma das candidaturas que podem representar esse projeto do governo.

O que o sr. acha da eventual candidatura do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)?


Eu n�o gostaria de colocar nomes, mas h� alguns que est�o a�. Alckmin, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia. Eu nunca ouvi do Maia que quer ser candidato, mas existe um grupo que defende a candidatura.

N�o ficou rusga em rela��o a como o presidente da C�mara se posicionou nas den�ncias?

N�o, pelo contr�rio. N�s temos o reconhecimento do papel digno naqueles processos.

O governo tem votos para aprovar a reforma da Previd�ncia?

Temos um ambiente muito mais favor�vel. Saindo de um restaurante, tinha uma mesa de jovens, e eles me disseram: "Ministro, vamos aprovar a reforma da Previd�ncia". Saindo do hotel, um h�spede disse: "Ministro, vamos aprovar a reforma". Se isso est� acontecendo comigo, deve estar acontecendo com os parlamentares. Isso � muito importante, por que, o que leva algu�m que n�o � oposi��o, da base, a votar contra a reforma? � o medo, de que um voto favor�vel � reforma possa trazer impacto eleitoral negativo. � justo.

Havia desconfian�a de que o governo poderia p�r um fim nas investiga��es da Lava-Jato. A opera��o est� chegando ao fim?


O caminho da Lava-Jato � continuar, mas dentro da estrita legalidade.

O sr. acredita que o ex-presidente Lula, que ser� julgado na segunda inst�ncia neste m�s, vai concorrer � Presid�ncia?

O que diz a Lei da Ficha Limpa? Condenado em segunda inst�ncia � ineleg�vel. � isso. Essa � a minha vis�o sobre esse processo. Agora, se o Lula deve ser condenado ou n�o, isso n�o opino.

O sr. j� falou da persegui��o da Lava-Jato ao Temer. N�o seria o mesmo caso com Lula?


Eu n�o falei da Lava-Jato. Falei do senhor Janot (Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da Rep�blica). Isso eu falo e repito. A minha �nica contrariedade com a equipe de Curitiba � o exibicionismo de alguns procuradores. Isso � hoje um problema para a Lava Jato, o fato de que algumas pessoas se julgam superstars, n�o se julgam mais procuradores. Os maiores problemas para a Lava Jato hoje est�o dentro da Lava Jato. O (juiz S�rgio) Moro ainda luta para manter uma linha. Facebook n�o � lugar para ficar dando despacho, essa � a verdade.

O sr. tamb�m foi um grande defensor do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso hoje em Curitiba.


O Eduardo Cunha eu defendi pelo processo, porque n�s necessit�vamos de algu�m que fizesse uma defesa razo�vel, para que ele permanecesse como presidente (da C�mara) at� o dia do impeachment (de Dilma Rousseff). Naquele momento todos concordaram. Mas eu nunca fui amigo do Cunha. Depois visitei-o, publicamente, n�o escondi. Ningu�m precisou descobrir. N�o acharam foto minha conversando com o Cunha de �culos escuros, atr�s de uma pilha da caixa de cerveja (Janot se encontrou num s�bado com o advogado que defende o empres�rio Joesley Batista em um bar em Bras�lia e teve uma foto divulgada).

O sr. teve que devolver a verba de gabinete, que usou para pagar a viagem at� Curitiba...


Eu me apressei em devolver, deveria ter debatido se a minha visita tinha sido p�blica ou n�o. Aquela devolu��o n�o me causou muito conforto, deveria ter feito doa��o a alguma institui��o, mas resolvi devolver. Nunca mais falei com ele nem com ningu�m ligado a ele. Por que n�o o visitei nesse Natal? Porque sou ministro. Como aquela vez dei muni��o para a hipocrisia dos meus advers�rios, agora daria muni��o para a hipocrisia dos advers�rios do governo. Esse direito eu n�o tenho.

Se fosse deputado, iria de novo?

Se fosse deputado, � poss�vel. N�o sei. Se eu estivesse passando por Curitiba... N�o fiz essa avalia��o. Fiz a avalia��o em cima das circunst�ncias, agora sou ministro. Se eu for, v�o criticar a mim ou ao governo? V�o criticar o governo, ent�o agi como ministro.

E como est� a sa�de do presidente?


A sa�de dele � boa. Mas os procedimentos exigiriam cuidados que ele n�o teve. Acredito que agora se conscientizou.

Ele ter� que passar por alguma nova interven��o e se afastar do governo?


N�o conversamos sobre isso. N�o est� no horizonte nenhum afastamento mais prolongado.


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