Bras�lia - A c�pula das For�as Armadas teme a "politiza��o" dos pedidos de socorro para refor�ar a seguran�a p�blica nos Estados durante as elei��es deste ano. Os militares consideraram o pedido feito na semana pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan J�nior (PSDB), de apoio durante o julgamento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, no dia 24, uma "banaliza��o" do uso das tropas.
Em ano eleitoral, h� o perigo e o risco de estes pedidos se multiplicarem, como uma esp�cie de salvo-conduto dos governadores. Ao menor sinal de problema, ou at� preventivamente, o governador pede ajuda das For�as Armadas na seguran�a a fim de passar a mensagem para a popula��o, e seus potenciais eleitores, de que age para proteg�-la.
Os militares destacam, por�m, que o chamado de tropas federais s� deve ocorrer em cen�rio de descontrole da ordem. Nesse sentido, a c�pula das For�as Armadas descarta a��es preventivas, como o pedido feito pelo prefeito de Porto Alegre. Apesar disso, como o jornal revelou na edi��o de s�bado, o servi�o de intelig�ncia dos militares est� "em alerta" em raz�o de manifesta��es marcadas em defesa do ex-presidente.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, j� afirmou que � contra o emprego do Ex�rcito em Porto Alegre. O ministro considerou "absurdo" o pleito por ter sido feito por um prefeito, que n�o tem compet�ncia para isso, e de forma preventiva. A solicita��o de ajuda � uma prerrogativa de governadores.
Na semana passada, o comandante do Ex�rcito, general Eduardo Villas Boas, expressou preocupa��o, em seu Twitter, com o emprego da corpora��o em "interven��es" por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos Estados, como est� sendo feito agora no Rio Grande do Norte. Segundo o comandante, "a seguran�a p�blica precisa ser tratada pelos Estados com prioridade 'zero'".