
Cobrado pelo Planalto e por setores do mercado financeiro, o governador de S�o Paulo e presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, confirmou ontem que o partido fechar� quest�o a favor da reforma da Previd�ncia. Ap�s reuni�o da Executiva Nacional da legenda, a primeira sob o comando de Alckmin, o tucano confirmou que, a partir de agora, se acelerou o processo de convencimento dos parlamentares da bancada. “Estamos otimistas com os resultados e achamos que h� brechas para avan�os. O n�mero de deputados favor�veis ao projeto aumentou”, disse ele.
Alckmin defendeu a reforma da Previd�ncia e declarou que ela n�o � um projeto do governo Temer, mas, sim, algo bom para o pa�s. Segundo ele, a partir do novo texto apresentado ontem, cada l�der da bancada intensificar� as conversas com os demais integrantes do partido na busca do convencimento.
O governador paulista lembrou que, em 2011, promoveu uma reforma da Previd�ncia para equilibrar o caixa estadual. “Assumimos o mandato j� com uma proposta encaminhada � Assembleia Legislativa. Criamos o Fundo de Previd�ncia Complementar e os novos servidores que entraram a partir de 2011 se aposentam pelo teto do INSS”, refor�ou o governador.
Durante a reuni�o da Executiva, o governador de Goi�s, Marconi Perillo, e o prefeito de Manaus, Arthur Virg�lio — advers�rio de Alckmin nas pr�vias —, defenderam, al�m do fechamento de quest�o, a puni��o aos parlamentares infi�is. O amazonense foi ainda mais enf�tico. “Se voc� fecha quest�o, mas n�o pune quem foi infiel, voc� est� abrindo quest�o e n�o fechando quest�o. Temos que votar. A reforma da Previd�ncia � cl�usula p�trea para a gente. Ela � prima-irm� do PSDB”, defendeu.
Pr�vias
Embora tenha prometido pensar no assunto, Alckmin tende a n�o endossar a tese da puni��o. A avalia��o de alguns tucanos � de que isso � um discurso f�cil para quem n�o precisar� votar a Previd�ncia, expondo-se ao descontentamento de eleitores. Outro alerta feito na reuni�o — e que ser� levado ao Planalto — � evitar qualquer sinaliza��o de libera��o de emendas ou oferta de cargos. “Isso s� vai atrapalhar o debate e afastar aqueles que resolveram aprovar a mat�ria por uma quest�o ideol�gica”, disse um tucano.
Alckmin confirmou para 4 de mar�o a realiza��o das pr�vias do PSDB para expor os candidatos � Presid�ncia da Rep�blica. Ele e Virg�lio tentaram ontem definir as regras da disputa. No entanto, o prefeito amazonense pediu um prazo para analisar as propostas, j� que defende pelo menos cinco debates e n�o apenas um, como foi proposto. A resposta ser� dada hoje.
Virg�lio considera que s� o fato de o partido realizar pr�vias � uma conquista e afirma que n�o abre m�o de duas coisas: que o voto seja universal, ou seja, tenha o mesmo peso para todos os filiados e que ocorram, no m�nimo, tr�s debates. “Se vai muita gente votar ou n�o, isso n�o � um problema. Temos que pensar que isso � um marco. Estamos fazendo hist�ria. O partido, pela primeira vez, est� tendo a oportunidade de ouvir a milit�ncia, de levar a s�rio a milit�ncia”, defendeu.