Na reuni�o do presidente Michel Temer (MDB) com o governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (MDB), para tratar da interven��o federal na seguran�a do Estado, neste s�bado, 17, n�o foram discutidas a��es concretas com vistas ao controle da viol�ncia. Nenhum detalhe operacional do emprego das For�as Armadas e da pol�cia a partir de agora foi debatido.
A inten��o do encontro, que contou com o interventor, o general de Ex�rcito Walter Souza Braga Netto, e autoridades do Estado, n�o era falar de planejamento estrat�gico, e sim fazer uma defer�ncia ao governador e a institui��es fluminenses, para que n�o pare�a que o governo federal est� atropelando o estadual, fontes disseram ao Estado.
Tamb�m presente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nada falou, segundo contou o deputado estadual Carlos Osorio (PSDB). "Todas as autoridades do governo do Rio falaram da necessidade de apoio financeiro", relatou Osorio, que participou da reuni�o.
"Foi muito mais uma reuni�o com as institui��es do Rio de janeiro, mas n�o se colocou nada concreto, a n�o ser a comiss�o externa da C�mara para observar a interven��o. � a primeira vez que vemos isso sob um regime democr�tico, tem que ter acompanhamento", afirmou o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (MDB-RJ), tamb�m no encontro.
O presidente e o interventor n�o anunciaram nomea��es. Ao que tudo indica, por ora o comandante da Pol�cia Militar, coronel Wolney Dias, que estava presente, ser� mantido no cargo. Seu superior, o secret�rio de Seguran�a P�blica, Roberto S�, colocou o cargo � disposi��o na sexta-feira, diante da confirma��o da interven��o.
Entidades interessadas nos impactos da interven��o na vida da popula��o e na economia do Rio, como o Viva Rio, o Afroreggae, o Sebrae-RJ, a Federa��o do Com�rcio do Rio e a Federa��o das Ind�strias do Estado foram convidadas, al�m do presidente do Tribunal Justi�a, Milton Fernandes, do procurador-geral de Justi�a, Eduardo Gussem e do Defensor P�blico-Geral, Andr� Castro.
Oficialmente, o Comando Militar do Leste informa que a fase ainda � de planejamento, e que nada dever� mudar no que j� vinha sendo feito: opera��es j� v�m sendo desencadeadas desde junho do ano passado, quando foi decretada a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), na esteira da escalada da viol�ncia.
Em setembro e outubro, por exemplo, militares ocuparam por uma semana a Favela da Rocinha, em decorr�ncia da guerra de traficantes. O que muda em rela��o ao cen�rio anterior � que o interventor designado por Temer � quem ir� tomar todas das decis�es da �rea da seguran�a. At� ent�o, o comando era do governo do Estado. O general ir� se reportar diretamente a Temer sem passar pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.