O coronel Carlos Cinelli, chefe da comunica��o do Comando Militar do Leste (CML), avaliou que a presen�a de militares do Ex�rcito em algumas regi�es do Rio de Janeiro poder� gerar inc�modo, o que seria natural. Para ele, ser� necess�ria a compreens�o da popula��o.
"Algum desconforto vai existir. Uma revista, por exemplo, poder� gerar algum transtorno a moradores. O que, eventualmente, j� ocorria antes", disse. Segundo o coronel, a presen�a dos militares ser� notada de fato ap�s a anu�ncia do Congresso, o que n�o impede que a��es pontuais j� aconte�am.
Eles discutem o planejamento para a interven��o militar, que foi determinada em decreto presidencial assinado nesta sexta-feira (16) e que ainda vai ser votado pelo Congresso Nacional na pr�xima semana.
O secret�rio de estado de seguran�a Roberto S� foi afastado do cargo e o general Walter Braga Netto, que comanda o CML, foi nomeado interventor. Na pr�tica, ele ser� o respons�vel pela seguran�a p�blica no estado enquanto durar a interven��o que, de acordo com o decreto, est� prevista at� o fim deste ano.
Ainda segundo Carlos Cinelli, opera��es que forem realizadas no curto prazo estavam planejadas antes da decis�o. De acordo com o porta-voz do CML, o decreto assinado pelo presidente da Rep�blica n�o elimina outro que estava em vigor desde junho do ano passado, quando foi implantada uma miss�o de Garantia da Lei e da Ordem (Glo). "Eu diria que um decreto d� maior sustentabilidade ao outro", disse. Para ele, o que ir� ocorrer � uma amplia��o da atividade dos militares.
Para essas a��es do Glo, havia sido estruturado o comando conjunto composto por militares das For�as Armadas (Marinha, Ex�rcito e Aeron�utica). Subordinado ao CML, chefiado pelo general Walter Braga Netto, e assim continuar� funcionando.
As miss�es de Glo s� podem ser realizadas por ordem expressa do presidente da Rep�blica. Elas ocorrem quando se avalia que houve esgotamento das estruturas tradicionais de seguran�a p�blica, em graves situa��es de perturba��o da ordem que colocam em risco a integridade da popula��o e o funcionamento regular das institui��es. Nestas situa��es, as for�as armadas passam a atuar com poder de pol�cia at� o restabelecimento da normalidade.
Os militares realizam pris�es em caso de flagrantes criminosos, criam barreiras no tr�fego e pedem documentos com intuito de fiscaliza��o, apreendem armas e drogas, ret�m carteiras de motoristas que cometem infra��es graves, etc. Decretos de GLO j� foram editados, por exemplo, para garantir a seguran�a no Rio de Janeiro durante a Confer�ncia das Na��es Unidas para o Desenvolvimento Sustent�vel (Rio + 20), em 2012; na visita do Papa Francisco � Jornada Mundial da Juventude, em 2013; na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Ol�mpicos de 2016. Edi��o: A�cio Amado