Pouso Alegre (MG) - Eram 17h desta quinta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, e o deputado Jair Bolsonaro (RJ), pr�-candidato � Presid�ncia pelo PSL, ainda tinha outros tr�s eventos p�blicos pela frente em cidades do sul de Minas. Ele j� tinha feito quatro sauda��es �s mulheres pela efem�ride, sempre homenageando a m�e, que completa 91 anos no dia 28. Bolsonaro abriu todas as falas na linha: "Sem voc�s n�o ser�amos nada".
O pr�prio Bolsonaro falou sobre o "estigma" de machista que, segundo ele, a imprensa e os advers�rios tentam lhe imputar. "N�o � isso, meu Deus do c�u? Me perguntam quem vai ser meu vice. Vai ser uma mulher para tirar aquele estigma de que voc�s me acusam? Me apontem um �udio disso a�. Um discurso em que eu discrimino as mulheres", desafiou.
Antes, ao ser recebido no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), Bolsonaro fez a primeira sauda��o �s mulheres, mas, logo em seguida, derrapou. "N�o me fa�a pergunta idiota", disse o deputado � rep�rter de uma r�dio que o questionou sobre o imbr�glio com a deputada petista Maria do Ros�rio (RS), que lhe rendeu um processo por apologia ao estupro no Supremo Tribunal Federal. "Chora, Ros�rio", gritavam os apoiadores.
Segundo a seguran�a do aeroporto, cerca de 200 pessoas, entre passageiros, trabalhadores e militantes, foram especialmente para prestar apoio a Bolsonaro. N�mero muito inferior � previs�o de mil bolsonaristas repassada na v�spera pelos organizadores da recep��o � administra��o de Viracopos.
Na rodovi�ria de Pouso Alegre, onde Bolsonaro fez a terceira sauda��o do dia �s mulheres (a segunda foi em cima de um carro de som), o p�blico tamb�m foi inferior � expectativa dos organizadores. A Pol�cia Militar n�o fez estimativas, mas, segundo policiais que estavam no local, menos de 400 pessoas acompanharam atentamente o discurso do pr�-candidato e vibraram com as frases mais agudas aos gritos de "mito, mito".
Mobiliza��o
Embora a passagem do deputado fluminense por Pouso Alegre, Borda da Mata, Ouro Fino e Monte Si�o tenha sido organizada por pastores evang�licos, havia empres�rios, estudantes, profissionais liberais, militares, ma�ons e curiosos, alguns deles mulheres.
"N�o gosto desse neg�cio de feminismo. Bolsonaro � a favor da fam�lia como era antigamente", afirmou a microempres�ria Monica Carvalho, de 32 anos.