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Estado de Minas

'Consultoria' de Delfim fraudou leil�o de Belo Monte, acusa procurador

O Minist�rio P�blico Federal afirma que o ex-ministro da Fazenda da ditadura recebeu R$ 15 milh�es em propina por ter ajudado a estruturar o cons�rcio que participou das obras da usina


postado em 09/03/2018 12:36 / atualizado em 09/03/2018 13:02

S�o Paulo - O procurador Athayde Ribeiro Costa, da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, declarou nesta sexta-feira, 9, que a "consultoria" do ex-ministro Antonio Delfim Netto na constru��o da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Par� "na verdade constituiu uma fraude ao leil�o".

O Minist�rio P�blico Federal, em Curitiba, afirma que o ex-ministro da Fazenda da ditadura recebeu R$ 15 milh�es em propina por ter ajudado a estruturar o cons�rcio que participou das obras da usina.

Nesta sexta-feira, 9, a Pol�cia Federal e a Procuradoria da Rep�blica deflagraram a Opera��o Buona Fortuna, fase 49 da Lava Jato, e fizeram buscas na resid�ncia e no escrit�rio do ex-ministro em S�o Paulo. O empres�rio Luiz Appolonio Neto, que � sobrinho de Delfim, tamb�m foi alvo de mandado de busca e apreens�o.

O procurador citou o nome do pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O pecuarista, j� condenado na opera��o, n�o � alvo desta fase da investiga��o. Segundo o procurador, Bumlai ajudou na forma��o do cons�rcio, mas "n�o se apurou vantagem indevida a ele".

"Segundo a investiga��o, Delfim Netto em conjunto a Bumlai, ajudou o governo federal a estruturar o cons�rcio Norte Energia, que foi formado por diversas empresas que a rigor n�o teriam capacidade para o empreendimento. Em virtude dessa ajuda que, na verdade, constituiu uma fraude ao leil�o, Delfim Netto foi angariado com o direcionamento das vantagens indevidas que (Antonio) Palocci (ex-ministro dos Governos Lula e Dilma) havia pedido ao PT e ao MDB."

O procurador sustenta que os pagamentos de propina foram feitos em esp�cie, no caso da Odebrecht, e em rela��o �s demais empresas em contratos fict�cios, um com a empresa LS, do qual � s�cio o sobrinho de Delfim Netto, Luiz Appolonio, e � empresa Aspen, da qual � s�cio Delfim.

"Ressalto que os contratos pelos servi�os de consultoria eram inexistentes", relatou o procurador.

A Buona Fortuna j� rastreou pagamentos que somam R$ 4,4 milh�es de um total estimado em R$ 15 milh�es, pelas empresas Camargo Corr�a, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli, todas integrantes do Cons�rcio Construtor de Belo Monte, em favor de pessoas jur�dicas relacionadas a Delfim.

Defesas

Os advogados Fernando Araneo, Ricardo Tosto e Jorge Nemr afirmam que Delfim "n�o cometeu nenhum ato il�cito em qualquer tempo". "O professor Delfim Netto n�o ocupa cargo p�blico desde 2006 e n�o cometeu nenhum ato il�cito em qualquer tempo. Os valores que recebeu foram honor�rios por consultoria prestada", afirma a defesa.

A reportagem fez contato com os advogados de Luiz Appolonio Neto. A defesa informou que s� vai se manifestar quando tiver acesso aos dados da investiga��o.

O MDB divulgou nota afirmando que "n�o recebeu propina nem recursos desviados no Cons�rcio Norte Energia. Lamenta que uma pessoa da import�ncia do ex-deputado Delfim Netto esteja indevidamente citado no processo. Assim, como em outras investiga��es, o MDB acredita que a verdade aparecer� no final".

O PT tamb�m se manifestou. "As acusa��es dos procuradores da Lava Jato ao PT, na investiga��o sobre a usina de Belo Monte, n�o t�m o menor fundamento. Na medida em que se aproximam as elei��es, eles tentam criminalizar o partido, usando a palavra de delatores que buscam benef�cios penais e financeiros", diz nota da assessoria de imprensa da legenda.

A reportagem est� tentando contato com a defesa do ex-ministro Ant�nio Palocci. O espa�o est� aberto para manifesta��o.


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