
A defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva comemorou a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), que impediu que Lula receba uma ordem de pris�o at� que a Corte conclua o julgamento iniciado sobre o habeas corpus do l�der petista.
"� uma decis�o correta que resguarda o direito do paciente at� que o Supremo Tribunal Federal possa concluir o julgamento", afirmou Cristiano Zanin Martins, que integra a defesa do ex-presidente.
Na pr�xima sess�o, em 4 abril, o Supremo votar� o pedido do l�der petista de permanecer em liberdade at� que se esgotem todos os recursos contra a condena��o que sofreu na Lava Jato. A decis�o o blinda da pris�o, que a pr�pria defesa apontou como iminente, no caso do triplex.
Outro advogado de Lula, o ex-ministro da Corte Sep�lveda Pertence, avaliou como ineg�vel a concess�o da liminar pelo tribunal. Questionado sobre suas expectativas, disse ser preciso esperar o dia 4 de abril. "Como dizia um grande atleticano, progn�stico s� depois do jogo." Avaliou, no entanto que restam embargos a serem julgados no Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF-4).
Sep�lveda lembrou ainda que se algum ministro fizer pedido de vista na sess�o de 4 de abril, a liminar continuaria valendo.
Sustenta��o oral
Coube ao advogado Roberto Batochio fazer a defesa de Lula no plen�rio, em uma sustenta��o oral de 15 minutos que foi elogiada por diversos ministros. Ele assumiu o posto que - acreditava-se - seria de Sep�lveda Pertence, ex-ministro do Supremo.
A decis�o de ter Batochio no plen�rio foi tomada na noite da quarta-feira, ap�s a conturbada sess�o do Supremo em que C�rmen L�cia anunciou o julgamento do habeas corpus e houve uma troca de agress�es entre Gilmar Mendes e Lu�s Roberto Barroso.
Batochio fez um paralelo entre o Brasil e a Fran�a para dizer que a escala de autoritarismo est� crescendo no mundo todo. Ao focar neste ponto, ele deixou de incluir algumas considera��es que a defesa estava estudando sobre a Lava Jato. Chegou a ser cogitada a coloca��o de que o Supremo Tribunal Federal n�o deveria se curvar aos des�gnios de Curitiba.
Um dos advogados que comp�em a defesa de Lula disse reservadamente que a escolha de Batochio se deu porque Sep�lveda Pertence ficou bastante abalado ap�s a discuss�o entre os ministros. Sep�lveda, no entanto, afirmou � reportagem que a decis�o de n�o fazer a defesa de seu paciente no plen�rio foi o olho roxo. "Talvez porque eu esteja pouco fotog�nico", brincou.