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Estado de Minas

Ex-presidente Lula tem sete "companheiros" na pris�o

Na sede da Pol�cia Federal, em Curitiba, Lula tem como companhia outros condenados na Lava-Jato, entre eles Palocci e L�o Pinheiro, que fizeram acusa��es


postado em 09/04/2018 06:00 / atualizado em 09/04/2018 07:50

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Desde a noite de s�bado, quando o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva chegou � sede da Pol�cia Federal em Curitiba (PR) para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um m�s por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, ele passou a ter sete vizinhos que tamb�m est�o presos por conta da Opera��o Lava-Jato. Por�m, diferente dos novos colegas de pr�dio da PF na capital paranaense, Lula ocupa uma sala especial, que � garantida por lei a pessoas que j� ocuparam um cargo como o da Presid�ncia da Rep�blica, e n�o ter� contato com presos como L�o Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, e Ant�nio Palocci, que ocupou os minist�rios da Fazenda no governo do pr�prio Lula e da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma Rousseff.


Foi L�o Pinheiro, apontado como um dos melhores amigos do ex-presidente no meio do empresariado, quem delatou Lula em depoimento ao juiz Sergio Moro, dizendo que a OAS reservou e reformou o apartamento tr�plex n�mero 164-A, no Edif�cio Solaris, situado no Guaruj�, litoral de S�o Paulo, a pedido do petista. O im�vel e a reforma estariam previstos dentro de um acerto de R$ 3,7 milh�es entre a OAS e Lula, valor oriundo de tr�s contatos com a Petrobras em que houve desvios. Em depoimento ao mesmo juiz Sergio Moro, Lula rebateu as acusa��es de L�o Pinheiro e disse que chegou a ver o im�vel em fevereiro de 2014, porque a empresa queria vend�-lo para sua fam�lia e n�o gostou. Ele tamb�m disse que nunca havia tido a inten��o de adquirir um tr�plex no Guaruj�.

J� Antonio Palocci, que foi bra�o direito de Lula e tamb�m de Dilma Rousseff, fez declara��es ainda mais incisivas ao prestar depoimento tamb�m ao juiz Sergio Moro em uma das a��es que responde na Lava-Jato. Palocci ocupou o cargo de ministro da Fazenda durante praticamente todo o primeiro mandato de Lula e ficou seis meses � frente da Casa Civil no governo Dilma. Ele contou ao magistrado que conduz as a��es da Lava-Jato em Curitiba que o ex-presidente chegou a firmar um “pacto de sangue” com o patriarca da Odebrecht, Em�lio Odebrecht, porque a empresa estava com medo de que a troca na Presid�ncia da Rep�blica – a sa�da de Lula e entrada de Dilma – poderia diminuir os neg�cios da empresa com o governo federal. Nesse pacto, Palocci disse que estavam previstos um terreno para a sede do Instituto Lula e um s�tio para a fam�lia do petista, al�m da possibilidade de propinas que poderiam chegar a at� R$ 300 milh�es.

A defesa de Lula argumentou que Palocci fez acusa��es falsas e sem provas, dadas em um momento de forte press�o em que o ex-ministro negociava dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal (MPF). Enquanto os antes companheiros e agora delatores do ex-presidente ficam em um setor com capacidade para 18 presos, dividido em seis celas, com tr�s presos por cela, na carceragem instalada no segundo andar da sede da PF em Curitiba, Lula est� na cobertura do edif�cio, em uma �rea posicionada no quarto andar. A sala especial para o petista tem 15 metros quadrados, arm�rio e banheiro. A �rea era normalmente usada para policiais de outras cidades, em miss�o em Curitiba.

Por�m, apesar das vantagens previstas em lei nas instala��es em que o ex-presidente vai ficar, a rotina de Lula como preso ser� a mesma dos demais detentos. A alimenta��o ter� caf� com leite e p�o com manteiga pela manh� e quentinhas no almo�o e na janta, com direito a alimentos especiais levados pela fam�lia uma vez por semana, dentro de uma lista pr�-estabelecida pela pol�cia. Uma coisa que pode mudar � o local de cumprimento da pena do ex-presidente. Ap�s o cumprimento da ordem de pris�o expedida pelo juiz Sergio Moro, abre-se um processo para execu��o penal, que fica a cargo da 12ª Vara Federal de Curitiba. Poss�veis pedidos da defesa de Lula podem alterar o local de cumprimento da pris�o para um ponto mais perto da fam�lia, desde que o juiz da vara em quest�o concorde com a situa��o.

OUTROS PRESOS Al�m de L�o Pinheiro e Palocci, Lula tamb�m ter� como vizinho o ex-diretor de Servi�os da Petrobras, Renato Duque, Agenor Franklin Medeiros, que � ex-executivo da OAS, do operador Adir Assad, o ex-gerente da Transpetro, Jos� Ant�nio de Jesus, que foi preso na 47ª Fase da Lava Jato, H�lio Ogama, detido na 48ª fase da Lava Jato por corrup��o, fraude em licita��es e lavagem de dinheiro nas concess�es de rodovias federais no Paran� (com Ag�ncia Estado).

Os sete vizinhos
Condenados na Opera��o Lava-Jato que est�o na carceragem da PF, em Curitiba


Lula

Est� isolado no
quarto andar do pr�dio da PF

Leo Pinheiro

 

Ex-presidente da construtora OAS, condenado em    segunda inst�ncia a 26 anos e sete meses de pris�o por corrup��o ativa, lavagem de dinheiro e organiza��o    criminosa na a��o penal sobre propina de 29 milh�es � Diretoria de Abastecimento da Petrobras em contratos com as refinarias Get�lio Vargas e Abreu e Lima


Ant�nio Pallocci

 

Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, condenado em primeira inst�ncia a 12 anos e dois meses de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro em    contratos de sondas estabelecidos entre a Odebrecht    e a Petrobras.


Renato Duque

 

Ex-diretor de Servi�os da Petrobras, j� tem pelo menos seis condena��es na Lava Jato que somam mais de 73 anos de pris�o pelo recebimento de propinas em contratos de empresas com a Petrobras.


Adir Assad

 

Lobista e operador de propinas, foi condenado a 9 anos e 10 meses em primeira inst�ncia por lavagem de dinheiro e associa��o criminosa



Jos� Ant�nio de Jesus
Ex-gerente da Transpetro, ele teve a pris�o decretada na 47ª fase da Opera��o Lava Jato por negociar um    esquema de R$ 7 milh�es de propina para que a em    presa de engenharia NM fosse favorecida em um    contrato com a Transpetro. Ele teve a pris�o convertida em preventiva e aguarda andamento do processo preso.

Helio Ogama
Diretor-presidente da concession�ria Triunfo Econorte, teve a pris�o decretada na 48ª fase da    Lava Jato por crimes de corrup��o, fraude em licita��es e lavagem de dinheiro em concess�es rodovi�rias no Paran�

 

 


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