Bras�lia - Em sua fala na sess�o do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga nesta quarta-feira o pedido de liberdade de Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, defendeu a manuten��o da pris�o preventiva do petista. "Pe�o o n�o conhecimento do habeas corpus, mas, se ultrapassada a quest�o preliminar, que a ordem seja denegada", afirmou a chefe do Minist�rio P�blico Federal.
De acordo com Raquel, Palocci � um "homem poderoso, com conex�o com homens poderosos, e, caso seja concedido o habeas corpus e ele seja liberado, pode influenciar no andamento da a��o penal". A procuradora-geral defende a manuten��o da pris�o preventiva "para manter a ordem p�blica, para fazer cessar a pr�tica do crime de lavagem de dinheiro para a aplica��o da lei penal". Ela destaca, ainda, que a pris�o preventiva serve tamb�m para interromper a pr�tica de crimes.
A pris�o preventiva de Palocci foi decretada nove meses antes da condena��o em primeira inst�ncia. O juiz S�rgio Moro sentenciou o ex-ministro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Seu caso ainda n�o foi julgado em segunda inst�ncia.
"A culpa do r�u foi, portanto, confirmada. Mas havia tamb�m o perigo de o condenado continuar a lavar dinheiro", afirmou Raquel. A procuradora-geral cita que entre janeiro de 2013 e mar�o de 2017, mesmo depois de preso, o petista aplicou R$ 7,6 milh�es, com resgate posterior, e transferiu R$ 415 mil para o plano de Previd�ncia privada de sua fam�lia.
(Teo Cury, Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura)