Rio - O esquema de desvio de verbas de fundos de pens�o desbaratado pela Pol�cia Federal, e que motivou a Opera��o Rizoma, nova fase da Lava-Jato no Rio, desencadeada nesta quinta-feira, contou com lobistas do PT e do MDB e gerou pelo menos R$ 20 milh�es em propinas. Investiga-se o envolvimento de membros dos fundos dos Correios (Postalis) e Servi�o Federal de Processamento de dados (Serpros). As informa��es s�o de integrantes da for�a-tarefa da Lava-Jato no Estado.
Os investigadores descobriram que o dinheiro gerado pelas pr�ticas criminosas do ex-governador S�rgio Cabral (MDB) - preso em 2016 - movimentou tamb�m este esquema. Os doleiros utilizados pelos dois grupos coincidem. N�o h� ind�cio de que Cabral tenha sido beneficiado desta vez.
O dinheiro foi lavado n�o s� no Brasil, mas tamb�m nos Estados Unidos e na China. Nesta manh�, foram cumpridos seis mandados de pris�o preventiva e de busca e apreens�o. Outras quatro pessoas dever�o se entregar - a PF est� em contato com seus advogados. Os crimes investigados s�o corrup��o, evas�o de divisas, lavagem de dinheiro, inclusive fora do Pa�s, e crime contra o sistema financeiro nacional.
Segundo o procurador da Rep�blica Eduardo El Hage, coordenador da Lava-Jato no Rio, o esquema causou preju�zos n�o s� aos pensionistas dos fundos, mas tamb�m � economia brasileira. "Seria muito saud�vel para a economia brasileira se os crit�rios dos investimentos dos fundos de pens�o fossem t�cnicos", afirmou. "Mas o que ocorreu no Brasil por muito tempo foi que partidos pol�ticos indicaram pessoas para os fundos, e esses fundos escolhiam empresas com rating muito baixos, faziam aportes volumosos e depois havia cobran�a de propina."