
O ex-prefeito de Uberl�ndia, Gilmar Machado (PT), foi encaminhado no final da tarde desta quinta-feira para o Pres�dio Professor Jacy de Assis, onde ficar� preso por cinco dias, por determina��o da 6ª Vara Criminal Federal de S�o Paulo.
Gilmar Machado foi preso durante a manh�, em casa, em um condom�nio de luxo em Uberl�ndia, e levado para a sede da PF, onde prestou depoimento. Ele � acusado de participar de um esquema de fraude no Instituto de Previd�ncia Municipal de Uberl�ndia (Ipremu), e foi preso no �mbito da Opera��o Encilhamento.
Al�m de Gilmar Machado, outras tr�s pessoas foram presas em Uberl�ndia: o ex-superintendente do Instituto de Previd�ncia Municipal de Uberl�ndia (Ipremu), Marcos Botelho, e dois ex-integrantes do Comit� de Investimento do Ipremu, Cl�udio Roberto Barbosa e M�nica Silva Resende de Andrade. Eles ser�o indiciados por crime contra o sistema financeiro, fraude em licita��o e lavagem de dinheiro.
Acompanhado de um advogado, Gilmar ainda participou da audi�ncia de cust�dia, que � um instrumento processual em que todo preso deve ser levado � presen�a de um juiz, no prazo de 24 horas, para uma avalia��o sobre a legalidade e necessidade de manter a pris�o. A ordem de pris�o veio de S�o Paulo, e a Justi�a local n�o tem autonomia para revog�-la.
De acordo com o advogado Robison Divino Alves, a defesa estuda entrar com um habeas corpus ou pedido de revoga��o da pris�o tempor�ria na Justi�a Federal em S�o Paulo. A ordem de pris�o � por cinco dias, mas o per�odo pode ser prorrogado em caso de “motivos relevantes”.
Segundo Alves, o ex-prefeito “est� tranquilo” e negou conhecer ou ter qualquer participa��o no esquema de fraudes no Instituto de Previd�ncia Municipal de Uberl�ndia (Ipremu).
De acordo com a PF, desde 2013 o Ipremu estava sendo investigado diante de ind�cios que estaria investindo recursos em t�tulos podres, ou seja, sem liquidez. Por enquanto, a PF j� contabilizou um preju�zo de cerca de R$ 300 milh�es ao caixa do Ipremu.
As investiga��es apontam que cerca de 98% dos investimentos era feito em bancos oficiais. No entanto, durante a gest�o de Gilmar Machado, metade desses investimentos foi transferida para t�tulos emitidos sem valor real, por orienta��o de uma consultoria ligada a um grupo financeiro de S�o Paulo. A contrata��o teria sido feita por meio de uma licita��o fraudulenta. E os gestores do Ipremu e o ex-prefeito teriam recebido propina.