Rio e S�o Paulo - A Pol�cia Federal apreendeu R$ 400 mil em dinheiro vivo na casa de um dos operadores que entraram na mira da Opera��o Rizoma, deflagrada nesta quinta-feira, contra esquema de propinas de R$ 20 milh�es envolvendo fundos de pens�o dos Correios (Postalis) e do Servi�o Federal de Processamento de Dados (Serpros). As investiga��es revelam envolvimento de lobistas supostamente ligados ao PT e ao MDB.
Um dos alvos da Opera��o Rizoma, deflagrada nesta quinta-feira, para apurar crimes de lavagem de dinheiro, evas�o de divisas e corrup��o ligados aos fundos de pens�o Postalis e Serpros, � o empres�rio Milton Lyra, supostamente ligado ao MDB.
Ele, que j� havia sido alvo das opera��es Pausare, Omert� e Sepsis, � apontado como operador do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e � alvo de investiga��es que est�o no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Lava-Jato.
A Rizoma foi deflagrada com base na dela��o de Alessandro Laber. Outros alvos s�o Marcelo Sereno, ex-assessor do ex-ministro Jos� Dirceu na Casa Civil do governo Lula e ex-secret�rio nacional de Comunica��o do PT, e o empres�rio Arthur Pinheiro Machado, que foi preso em S�o Paulo logo no in�cio da a��o dos agentes da Pol�cia Federal nesta quinta, 12.
Segundo Rizoma, o "cabe�a" da organiza��o era o empres�rio Arthur Machado, CEO da Americas Trading Group, e o esquema, que vigora ao menos desde 2011, segundo o Minist�rio P�blico Federal, foi descoberto em dela��o premiada espont�nea.
Os investigadores descobriram que "o dinheiro gerado pelas pr�ticas criminosas do ex-governador S�rgio Cabral (MDB) - preso em 2016 - movimentou tamb�m este esquema".
Os doleiros utilizados pelos dois grupos coincidem. N�o h� ind�cio de que Cabral tenha sido beneficiado por este esquema.
O dinheiro foi lavado n�o s� no Brasil, mas tamb�m nos Estados Unidos e na China, destacam os investigadores.
A PF cumpriu seis mandados de pris�o preventiva e de busca e apreens�o.
Outros quatro investigados dever�o se entregar, segundo seus advogados informaram � Opera��o Rizoma.
Os crimes investigados s�o corrup��o, evas�o de divisas, lavagem de dinheiro, inclusive fora do Pa�s, e crime contra o sistema financeiro.
Defesa
A defesa de Arthur Pinheiro Machado refuta, de forma veemente, qualquer rela��o entre o empres�rio e atos il�citos. Informa que ele sempre agiu no mais absoluto respeito � legisla��o e que n�o compactua com pr�ticas ilegais.