
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, defendeu que a Corte julgue inconstitucional a implementa��o do voto impresso nas elei��es brasileiras. Em debate na capital paulista nesta sexta-feira, 11, o magistrado afirmou que o mecanismo servir� para "bater palma para perdedor" e gasto com o sistema � excessivo.
"Vamos gastar R$ 2 bilh�es, isso me deixa doente, para bater palma para perdedor. Isso n�o entra na minha cabe�a, n�o conv�m � democracia e, para mim, � inconstitucional", disse Gonzaga. Ele refor�ou a defesa para que o TSE declare o mecanismo inconstitucional.
Segundo Gonzaga, o dispositivo que imprime o voto na urna eletr�nica e o armazena, sem exibir o comprovante impresso para o eleitor, pode ter falhas e invalidar o voto de sess�es eleitorais no Pa�s. "Vai dar problema. N�o sei como os brasileiros compraram essa ideia."
Ele exemplificou uma situa��o em que o aparelho que imprime o voto, corta o papel e o deposita em lugar reservado tenha falhas. Um mes�rio, nesse caso, poderia abrir o dispositivo para verificar o erro e violar o sigilo do voto do eleitor, alertou o ministro.
Mostrando seu celular, Admar Gonzaga questionou como as pessoas n�o suspeitam da tecnologia ao fazer transa��es banc�rias pelo aparelho m�vel, mas desconfiam da urna eletr�nica. "Na urna eletr�nica n�o tem v�rus", argumentou.
Para o ministro, o voto impresso � um problema ainda maior do que as chamadas "fake news" na campanha eleitoral. "N�o me preocupa a quest�o da fake news, eu acho que isso vai acabar se resolvendo com tecnologia", disse o magistrado. Os cidad�os, segundo ele, t�m condi��es de buscar ferramentas para identificar not�cias falsas durante o processo eleitoral.
