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Estado de Minas

Jungmann: divulga��o de documentos da CIA n�o afeta prest�gio das For�as Armadas

Ministro da Seguran�a P�blica afirmou que o governo ainda n�o teve acesso ao documento


postado em 11/05/2018 17:36 / atualizado em 11/05/2018 17:56

(foto: / AFP / EVARISTO SA )
(foto: / AFP / EVARISTO SA )

O ministro da Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira, que a divulga��o de documentos da CIA de 1974, que acusam o ex-presidente Ernesto Geisel de ter endossado a execu��o de presos pol�ticos durante a ditadura militar, n�o afeta o "prest�gio" das For�as Armadas.

Ex-ministro da Defesa, Jungmann disse que o governo ainda n�o teve acesso ao documento de forma oficial, mas afirmou que alguma medida deve se tomada.

"O governo n�o tem conhecimento desses documentos, n�o estamos desconsiderando (o documento da CIA), mas precisamos ter acesso de forma oficial. O prest�gio das For�as Armadas permanecem nos mesmos n�veis. As For�as Armadas s�o um ativo democr�tico, isso n�o � tocado por uma reportagem", afirmou.

A pol�mica se deu diante da divulga��o de um memorando escrito em abril de 1974 por William Colby, ent�o diretor da Ag�ncia Central de Intelig�ncia (CIA) dos Estados Unidos, no qual ele afirma que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) decidiu manter a pol�tica de "execu��o sum�ria" de opositores do regime militar praticada pelos �rg�os de seguran�a durante a presid�ncia de Em�lio Garrastazu M�dici (1969-1974).

Ex-ministro da Defesa, Jungmann foi evasivo, no entanto, quando questionado sobre quais a��es efetivamente devem ser tomadas pelo governo brasileiro. "N�o tivemos acesso a documentos oficiais. N�o � minha �rea, n�o � decis�o minha. Alguma medida deve ser tomada, mas n�o � da minha �rea. N�o sou mais ministro da Defesa, quem deve tomar essa decis�o s�o respons�veis pela �rea", complementou.

As declara��es foram dadas durante coletiva de imprensa, no Minist�rio da Justi�a, para o lan�amento da Opera��o Tiradentes II - uma for�a-tarefa de 24 horas de todas as for�as militares estaduais para a��es de seguran�a p�blica.

Por conta disso, estava presente tamb�m o secret�rio Nacional de Seguran�a P�blica, general Santos Cruz, que relacionou a divulga��o �s "elei��es" e "interesses pol�ticos".

"Tem de ler com bastante profundidade esse documento e n�o ficar s� na manchete, n�? Esse ano � um ano eleitoral, uma elei��o que vem com pesquisas...foram publicadas v�rias not�cias de que um n�mero maior de militares est� participando nessa pr�xima elei��o. Ent�o tem tudo isso a�. Tem que ver tamb�m interesses pol�ticos nesse tipo de divulga��o... Tem que ver o contexto pol�tico em que isso a� est� colocado", afirmou.

O Departamento de Estado Americano tirou do memorando a classifica��o de confidencial em 2015, ao lado de outros 404 documentos envolvendo oito pa�ses da Am�rica do Sul. Eles cobrem o per�odo entre 1973 e 1976, durante as presid�ncias dos republicanos Richard Nixon e Gerald Ford.

Foi descoberto pelo pesquisador Matias Spektor, professor de Rela��es Internacionais da Funda��o Get�lio Vargas (FGV). O memorando tem o n�mero 99 e � da gest�o Nixon.

O assunto do documento � descrito como "decis�o do presidente brasileiro Ernesto Geisel de continuar a execu��o sum�ria de perigosos subversivos sobre certas condi��es".

O primeiro par�grafo do memorando, com sete linhas, n�o foi desclassificado pelo Departamento de Estado. � prov�vel que ali estivesse a descri��o sobre quem seria a fonte da informa��o que Colby repassava a Kissinger.


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