
Paulo Ferreira � o terceiro ex-tesoureiro do PT condenado por Moro na Opera��o Lava Jato. Antes dele, Jo�o Vaccari Neto - preso desde abril de 2015 - e Del�bio Soares j� haviam sido sentenciados por supostos desvios na Petrobras. Na senten�a em que imp�s 9 anos e 10 meses a Ferreira, Moro citou outros petistas.
O magistrado diz ser "certo, por outro lado, que, conforme v�rios depoimentos, como de Paulo Roberto Costa, Ricardo Ribeiro Pessoa, Pedro Jos� Barusco Filho, Renato de Souza Duque, bem como conforme senten�as j� prolatadas nas a��es penais conexas, era Jo�o Vaccari Neto o representante do Partido dos Trabalhadores no esquema criminoso que vitimou a Petrobras, cabendo a ele arrecadar a parcela de vantagem indevida acertada entre os agentes da Petrobras e as empreiteiras, mesmo antes de ter assumido o carto de Secret�rio de Finan�as do Partido dos Trabalhadores".
"Entretanto, isso n�o significa que outros agentes pol�ticos do Partido dos Trabalhadores n�o eram tamb�m benefici�rios de valores a eles direcionados pelo pr�prio Jo�o Vaccari Neto, o que foi o caso, por exemplo, do ex-Ministro Jos� Dirceu de Oliveira e Silva", anotou.
Segundo a den�ncia "o Cons�rcio Novo Cenpes, formado pelas empreiteiras OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Construcap CCPS Engenharia e Schahin Engenharia, teria vencido a licita��o de obras junto � Petr�leo Brasileiro S/A - Petrobr�s de constru��o predial para amplia��o do CENPES (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Am�rico Miguez de Mello) - IECP mediante ajuste fraudulento de licita��o e, ademais, teria pago vantagem indevida a executivos Petrobr�s e a agentes pol�ticos".
Segundo a for�a-tarefa da Lava Jato, "o montante da propina foi apontado como sendo de 2% do valor do contrato e dos aditivos, cerca de R$ 20.658.100,76".
"Adir Assad, Rodrigo Morales e Roberto Trombeta seriam, segundo a den�ncia, profissionais da lavagem, e disponibilizavam, mediante expedientes fraudulentos, dinheiro em esp�cie �s empreiteiras e que o utilizavam para efetuar pagamentos a agentes p�blicos ou pol�ticos", consta nos autos.
A den�ncia tamb�m inclui opera��es de intermedia��o de propinas e de lavagem de dinheiro de Alexandre Correa de Oliveira Romano, em benef�cio de Ferreira.
Nos esquemas, Ferreira � apontado como benefici�rio em nome do PT.
Al�m dele, foram condenados tamb�m Adir Assad, Alexandre Romano, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales, Agenor Medeiros, Edison Freire Coutinho, Gen�sio Schiavinato J�nior, L�o Pinheiro, Jos� Ant�nio Mars�lio Schwartz, Ricardo Pernambuco, Renato de Souza Duque, e Roberto Capobianco.
De acordo com a den�ncia, "foi oferecida vantagem indevida � empresa WTorre, que havia apresentado a melhor proposta na licita��o, para que se afastasse do certame, o que propiciou a atribui��o do contrato ao Cons�rcio Novo Cenpes, segunda colocada". A empresa nega.
Defesas
Em nota, o advogado Elias Mattar Assad, defensor de Paulo Ferreira, que responde em liberdade, reafirma sua inoc�ncia e diz que vai recorrer.
A reportagem est� tentando contato com as defesas dos outros acusados, mas ainda n�o obteve resposta.
(Ricardo Brandt, Luiz Vassallo, Julia Affonso e Fausto Macedo)