
Delatores da Odebrecht relataram pagamentos, a pedido do senador A�cio Neves, de vantagens indevidas para a campanha do tucano � presid�ncia e de outros parlamentares. A�cio era conhecido como "Mineirinho" na planilha de propina da empreiteira.
No dia 3 de maio, o STF decidiu reduzir o alcance do foro privilegiado para deputados federais e senadores. Por 7 votos a 4, os ministros estabeleceram que a prerrogativa dos parlamentares da C�mara e do Senado s� vale para crimes cometidos no exerc�cio do mandato e em fun��o do cargo.
O tucano � alvo de oito inqu�ritos e de uma a��o penal. Um desses inqu�ritos de A�cio, tamb�m instaurado com base na dela��o da Odebrecht. j� foi enviado para a primeira inst�ncia.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, encaminhou no dia 8 deste m�s um processo contra o tucano para a Justi�a Criminal Estadual de Primeiro Grau da Comarca de Belo Horizonte.
O processo investiga supostas irregularidades na constru��o da Cidade Administrativa no segundo mandato de A�cio como governador de Minas Gerais. O senador � investigado nesse caso pelos crimes de corrup��o passiva, fraude em licita��o e lavagem de dinheiro.
Na �poca, a defesa do tucano afirmou que a decis�o encaminhar esse processo contra o parlamentar para a primeira inst�ncia era uma medida "esperada", j� que foi baseada em decis�o do pleno do Supremo Tribunal Federal sobre a restri��o do foro privilegiado.
"O senador A�cio Neves reitera que jamais participou da forma��o de suposto cartel. O edital de licita��o foi previamente apresentado ao MP-MG e ao TCE. A licita��o foi objeto de ampla investiga��o por parte do Minist�rio P�blico Estadual que concluiu pelo arquivamento de falsas den�ncias ap�s constatar a regularidade de todos os procedimentos. As obras foram auditadas em tempo real por uma empresa independente", escreveu o advogado Alberto Zacharias Toron na ocasi�o.
(Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo)