
O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou, em pronunciamento na noite deste domingo, a redu��o de R$ 0,46 no pre�o de diesel. O valor ser� v�lido por 60 dias. Depois deste prazo, caso haja reajuste, eles ser�o mensais. O presidente tamb�m atendeu o pedido dos caminhoneiros referente � isen��o da cobran�a do eixo suspenso em todo o pa�s, al�m da tabela m�nima do frete, conforme previsto em projeto de lei que est� sendo analisado pelo Senado. O protesto completou sete dias neste domingo.
As reivindica��es foram discutidas em um encontro com 15 caminhoneiros aut�nomos de v�rios estados no Pal�cio do Planalto, nesta noite. O grupo refor�ou a pauta j� apresentada na quinta-feira - com pedido de medida provis�ria para uma nova pol�tica de remunera��o do frete e um decreto presidencial para zerar o PIS/Cofins - e acrescentou novas solicita��es - como garantir 30% do transporte da carga dos Correios para motoristas aut�nomos.
O pronunciamento durou aproximadamente nove minutos. O presidente ressaltou que sempre manteve conversa com os caminhoneiros. “Jamais abandonamos o di�logo. Fizemos nossa parte e atendemos praticamente todas as reivindica��es dos caminhoneiros”, disse.
O primeiro ponto destacado por Temer foi a redu��o do pre�o do litro do diesel. O presidente informou que o pre�o vai sofrer uma redu��o de R$ 0,46. Segundo ele, isso equivale a zerar as al�quotas da Cide e do PIS/Cofins. “Assumimos sacrif�cios sem prejudicar a Petrobras”, afirmou. Em seguida, anunciou que a medida ser� v�lida para os pr�ximos 60 dias. "At� confesso que primeiro era por 15 dias, depois por 30 dias, e agora acertamos que ser� 60 dias sem modifica��o do pre�o."
Na sequ�ncia, Temer atendeu outra reivindica��o dos caminhoneiros: a isen��o da cobran�a nos ped�gios do eixo suspenso. O presidente informou que est� editando uma medida provis�ria para que seja cumprida em todo territ�rio nacional - nas rodovias federais, estaduais e municipais.
Outro ponto atendido pelo Governo � a garantia aos caminhoneiros aut�nomos de 30% dos fretes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por �ltimo, confirmou a tabela m�nima do frete, conforme previsto em um projeto que cria uma pol�tica de pre�os m�nimos para o transporte rodovi�rio de cargas. A mat�ria est� sendo analisada no Senado. "A decis�o de editar a medida provis�ria foi tomada ap�s di�logo com o senador Eun�cio Oliveira (PMDB-CE) presidente do Senado."
A equipe econ�mica foi chamada ao Pal�cio do Planalto para calcular o impacto das novas vantagens concedidas ao setor. Durante todo o dia, custos, cortes e compensa��es foram avaliados. Al�m de restri��es or�ament�rias, empecilhos legais tiveram de ser examinados.
Na primeira rodada de negocia��es com os caminhoneiros, quando se acordou que a Petrobras baixaria em 10% o pre�o do diesel nas refinarias durante 30 dias, e os caminhoneiros fariam uma tr�gua de 15 dias na paralisa��o, o Minist�rio da Fazenda estimou em R$ 5 bilh�es o valor das compensa��es do Tesouro Nacional � estatal.
Agora, com a validade do congelamento do pre�o nos postos – e n�o na refinaria – pelo dobro do tempo, as despesas ser�o proporcionalmente elevadas. Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, as reivindica��es custar�o R$ 10 bilh�es ao Tesouro.
AS NOVAS PROPOSTAS
- Redu��o de R$ 0,46 no pre�o do diesel por 60 dias e depois reajustes mensais- Isen��o de ped�gio para eixo suspenso (caminh�o sem carga) em todas as rodovias
- Garantia de 30% dos fretes da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab)
- Tabela para pre�o m�nimo do frete