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Estado de Minas

Caminhoneiros buscam apoio popular

Diante da amea�a de multas pela Pol�cia Rodovi�ria Federal, caminhoneiros come�am semana tentando novo f�lego para greve com ades�o da popula��o, como na BR-381


postado em 28/05/2018 06:00 / atualizado em 28/05/2018 07:55

Policiais alertaram grevistas que seriam multados se não retirassem caminhões da pista da direita(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)
Policiais alertaram grevistas que seriam multados se n�o retirassem caminh�es da pista da direita (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)

Pressionados pela amea�a de multas autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal, os caminhoneiros completam uma semana de paralisa��o hoje com nova estrat�gia para dar f�lego ao movimento: a busca de apoio da popula��o. A reportagem do Estado de Minas conversou com v�rios motoristas que apontam para a possibilidade de pelo menos dois caminhos de agora em diante: ades�o de pessoas que n�o s�o caminhoneiros em manifesta��es a favor da categoria e manuten��o da paralisa��o mesmo fora das rodovias.

“Acho que depois desse movimento que fizemos, est� aberto o caminho para a greve geral. Cidad�os que n�o fazem parte do transporte j� est�o se unindo � nossa causa”, diz o caminhoneiro paulista Marcelo Oliveira, de 43 anos. Ontem, cerca de 100 moradores do Bairro Jardim das Rosas, em Ibirit�, na Grande BH, se juntaram a motoristas que estavam parados na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, tamb�m na regi�o metropolitana, e fizeram protesto a favor dos caminhoneiros. Eles percorreram a via de acesso � Regap e parte da BR-381, com uma faixa “Parab�ns caminhoneiros. Guerreiros e patriotas”.

Depois de anunciar um acordo com nove entidades em Bras�lia, que n�o surtiu efeito para desmobilizar os caminhoneiros, o governo federal come�ou a colocar em pr�tica determina��o do ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou o uso da for�a e aplica��o de multa para empresas e caminhoneiros que continuarem mantendo caminh�es parados nas rodovias.

Agentes da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) disseram a um grupo de caminhoneiros parado ocupando a faixa da direita da BR-381, antes da Regap, que eles seriam multados se n�o retirassem dali os caminh�es. Passadas duas horas, s� restaram dois ve�culos no local, cujos motoristas n�o foram encontrados. Segundo a PRF, as multas aplicadas levam em considera��o o desrespeito ao C�digo de Tr�nsito Brasileiro (CTB) e n�o o valor de R$ 10 mil por dia conforme decis�o do STF. Os valores das penalidades variam de acordo com o tipo de infra��o praticada.

Moradores de Ibirité, na Região Metropolitana de BH, fizeram manifestações de apoio aos caminhoneiros perto da Regap(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)
Moradores de Ibirit�, na Regi�o Metropolitana de BH, fizeram manifesta��es de apoio aos caminhoneiros perto da Regap (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)

“N�o teve mudan�a nenhuma. Enquanto n�o abaixar o pre�o do diesel de forma definitiva, e n�o 30 dias como o governo anunciou que seria no acordo, vai ser assim. Combust�vel j� n�o tem e agora vai aumentar a falta de outras mercadorias”, diz Lindomar de Oliveira, de 37 anos. “N�o queremos briga, n�o vamos quebrar e n�o vamos fazer nada. A nossa a��o � ficar parado. N�o tem problema ser fora da rodovia. Ser� que ningu�m vai ser favor�vel a n�s? Todo mundo vai morrer de fome? Do jeito que est�, ningu�m consegue rodar”, afirma J�nior Afonso, de 39 anos. A maioria dos caminh�es que saiu da Fern�o Dias antes da Regap foi para a via de liga��o entre a refinaria e uma empresa particular ao lado da unidade da Petrobras. Motoristas disseram que tamb�m h� espa�os em p�tios de empresas e postos de gasolina, que est�o tomados �s margens da Fern�o Dias.

SEM REPRESENTA��O
O caminhoneiro Ronaldo Mar�al, de 35, que s� roda com produtos em c�mara fria, diz que a aplica��o das multas n�o enfraquece a categoria. Pelo contr�rio, segundo ele, j� que moradores de bairros da regi�o da Regap disseram aos caminhoneiros que hoje podem aparecer para engrossar as fileiras de motoristas de ve�culos pesados. “Dependendo da quantidade de pessoas o movimento pode at� ficar mais forte”, afirma. O caminhoneiro ga�cho Lucas Lemos, de 32, acredita que o movimento ser� mantido justamente pelo fato de nenhuma categoria os representar. Ontem, Lucas recebeu a not�cia do nascimento de seu segundo filho. “Nossa parte estamos fazendo. Aqui n�o tem l�der e todos estamos indignados. N�s rodamos at� 18 horas por dia e as pessoas n�o sabem o que passamos no dia a dia. Meu segundo filho nasceu e n�o estou em casa”, afirma ele.


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