As f�bricas paradas em Minas Gerais ao longo das duas semanas em que os caminhoneiros protestaram contra o aumento do pre�o do diesel representaram um rombo de R$ 530 milh�es na arrecada��o estadual por meio do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS). Levantamento da Fiemg mostra que apenas na ind�stria, o impacto da crise nos cofres p�blicos com perda de arrecada��o ultrapassou a marca de meio bilh�o, o que mostra que o impacto pode ter sido muito maior, considerando com�rcio, servi�os e o agroneg�cio.
A entidade avalia que a retomada da normalidade na produ��o industrial deve variar para cada setor, mas em m�dia as empresas levam cerca de 15 dias para voltar �s atividades integralmente. “Produ��o parada n�o se recupera. Aquilo que ficou parado foi perdido. Em algumas f�bricas que foram mais atingidas vai levar cerca de 15 dias para normalizar a atividade. Em outras, principalmente aquelas ligadas a produ��o animal, onde as perdas foram ainda mais significativas, talvez a retomada seja mais demorada”, avalia Fl�vio Roscoe.
Confian�a abalada O presidente da Fiemg alerta tamb�m para o impacto que a crise gerada pelo desabastecimento teve na expectativa e confian�a dos empres�rios. “O maior impacto dessa greve foi no �nimo geral. Atingiu o �nimo de se investir e produzir, o impacto disso � imposs�vel de ser prever. O resultado pode ser uma piora ainda maior ao longo do ano ou esse des�nimo pode amenizar, caso as respostas (no campo pol�tico) sejam positivas”, aposta Roscoe.
O empres�rio criticou medidas tomadas pelo governo federal para resolver a crise com os caminhoneiros e afirma que o setor industrial do pa�s foi o mais atingido com as a��es de reonera��o aprovadas no Congresso. O texto sancionado pelo presidente Michel Temer (MDB) em acordo com os caminhoneiros para acabar com a greve prev� a reonera��o da folha de pagamento de 39 setores da economia. Os recursos arrecadados ser�o usados para compensar parte do impacto da redu��o no valor do litro do �leo diesel nas refinarias.
“Com as a��es que foram feitas o governo retira a competitividade das empresas. Economicamente foram medidas p�ssimas. A pr�xima crise vai ser de outro setor e, se a rea��o for a mesma, vamos novamente transferir a conta para a sociedade. E vai se criar um ciclo de chantagem econ�mica. Os setores que tiveram maior condi��o de fazer press�o no governo v�o conseguir maiores benesses”, critica Roscoe.