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Estado de Minas

Greve dos caminhoneiros provoca rombo nos cofres p�blicos

Apenas na ind�stria, governo deixou de arrecadar R$ 530 milh�es em ICMS nos 10 dias da paralisa��o nas estradas. Ind�stria cr�tica erros do Planalto e custos com reonera��o


postado em 05/06/2018 06:00 / atualizado em 05/06/2018 07:52

Paradas com a manifestação nas rodovias do país, fábricas mineiras deixaram de recolher impostos e impactaram arrecadação estadual nos 10 dias de protesto dos caminhoneiros(foto: Euller Júnior/EM/D.A 25/10/07)
Paradas com a manifesta��o nas rodovias do pa�s, f�bricas mineiras deixaram de recolher impostos e impactaram arrecada��o estadual nos 10 dias de protesto dos caminhoneiros (foto: Euller J�nior/EM/D.A 25/10/07)

As f�bricas paradas em Minas Gerais ao longo das duas semanas em que os caminhoneiros protestaram contra o aumento do pre�o do diesel representaram um rombo de R$ 530 milh�es na arrecada��o estadual por meio do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS). Levantamento da Fiemg mostra que apenas na ind�stria, o impacto da crise nos cofres p�blicos com perda de arrecada��o ultrapassou a marca de meio bilh�o, o que mostra que o impacto pode ter sido muito maior, considerando com�rcio, servi�os e o agroneg�cio.

“A crise pegou todo o tecido econ�mico mineiro. Na primeira semana foi registrada uma perda de R$ 302,8 milh�es em arrecada��es de ICMS. At� o dia 31 de maio – quinta-feira da semana passada, quando o movimento j� se reduzia na maior parte do pa�s – esse montante alcan�ou a marca de R$ 530 milh�es em ICMS n�o arrecadado. Esses recursos deixam de ser devolvidos para a sociedade mineira”, explica Guilherme Le�o, superintendente de Ambiente de Neg�cios da Fiemg.

A entidade avalia que a retomada da normalidade na produ��o industrial deve variar para cada setor, mas em m�dia as empresas levam cerca de 15 dias para voltar �s atividades integralmente. “Produ��o parada n�o se recupera. Aquilo que ficou parado foi perdido. Em algumas f�bricas que foram mais atingidas vai levar cerca de 15 dias para normalizar a atividade. Em outras, principalmente aquelas ligadas a produ��o animal, onde as perdas foram ainda mais significativas, talvez a retomada seja mais demorada”, avalia Fl�vio Roscoe.

Confian�a abalada O presidente da Fiemg alerta tamb�m para o impacto que a crise gerada pelo desabastecimento teve na expectativa e confian�a dos empres�rios. “O maior impacto dessa greve foi no �nimo geral. Atingiu o �nimo de se investir e produzir, o impacto disso � imposs�vel de ser prever. O resultado pode ser uma piora ainda maior ao longo do ano ou esse des�nimo pode amenizar, caso as respostas (no campo pol�tico) sejam positivas”, aposta Roscoe.

O empres�rio criticou medidas tomadas pelo governo federal para resolver a crise com os caminhoneiros e afirma que o setor industrial do pa�s foi o mais atingido com as a��es de reonera��o aprovadas no Congresso. O texto sancionado pelo presidente Michel Temer (MDB) em acordo com os caminhoneiros para acabar com a greve prev� a reonera��o da folha de pagamento de 39 setores da economia. Os recursos arrecadados ser�o usados para compensar parte do impacto da redu��o no valor do litro do �leo diesel nas refinarias.

“Com as a��es que foram feitas o governo retira a competitividade das empresas. Economicamente foram medidas p�ssimas. A pr�xima crise vai ser de outro setor e, se a rea��o for a mesma, vamos novamente transferir a conta para a sociedade. E vai se criar um ciclo de chantagem econ�mica. Os setores que tiveram maior condi��o de fazer press�o no governo v�o conseguir maiores benesses”, critica Roscoe.

 


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